1. O que representa a Casa II
A Casa II é a área de experienciação humana onde se procura obter segurança física material para nos sentirmos emocionalmente seguros. A Casa II é casa dos nossos valores, dotes e
recursos. Teremos auto estima se nos sentirmos auto-suficientes, e nos sentiremos auto suficientes se investirmos no nosso valor, dotes e recursos.
No fundo, a grande questão da Casa II
é: "Que
valor temos?", ou seja, com que dotes, capacidades, recursos
naturais, nascemos e de que forma poderemos investir neles, desenvolvê-los e praticá-los de modo a ser-nos devolvido o sentimento de
auto-suficiência. Temos de nos bastar e nos bastamos a partir das coisas que temos e obtemos.
A Casa II foca-se
fundamentalmente na questão da sobrevivência.
Para as pessoas que se encontram num nível mais básico de evolução, a segurança
emocional radica na segurança física e material (visão do signo de Touro) ou seja, as pessoas agarram-se, no mundo físico, às coisas, bens e posses, que
querem ter, possuir e com as quais sentem-se seguras. Essas pessoas encontram a segurança emocional fora delas, em coisas, bens e posses que por esse motivo querem ter e possuir. A esse nível mais básico,
ainda não encontram a segurança emocional dentro delas próprias, porque é ainda
uma capacidade que não possuem.
As pessoas que se
encontram num nível médio de evolução, irão viver a Casa II, já não através da identificação com as coisas que possuem, mas através da identificação com os seus valores, recursos e ferramentas. O valor já não está nas coisas, mas no recurso, nos dotes que se possui.
As pessoas que se encontram num nível evolutivo superior, sabem que a VIDA fornece-lhes tudo aquilo que precisam para sobreviver e viver bem. Estas pessoas encontram a segurança emocional dentro de delas e não fora delas, Não têm medo de não terem que chegue ou de perderem o que têm, que é um problema do Plutão
de Casa II.
PLUTÃO NA
CASA II
As pessoas que nasceram com o Plutão na Casa II vão viver de forma instintiva, obsessiva, irracional e compulsiva toda a problemática referida da Casa II. Poderemos encontrar dois tipos de Plutões de Casa II: os muito trabalhadores e os pouco trabalhadores.
Os muito
trabalhadores
trabalham obsessivamente para obterem cada vez mais segurança
material. De fato têm um enorme medo de que a qualquer momento possa suceder qualquer coisa
que lhes tire aquilo que identificam como valor (dinheiro, bens ou objetos). Estas pessoas vão
querer, de forma obsessiva, ter cada vez mais, com medo que isso lhes seja tirado. Têm que aprender que a segurança emocional não vem de coisas exteriores.
Os pouco
trabalhadores, muito pouco ou nada trabalharam na
vida, e isto, porque vão atrair condições de vida que as vão levar
a depender de circunstâncias ou pessoas que, de alguma forma, lhes vão tirar o medo de não haver que chegue. Estabelece-se uma relação de dependência emocional e o outro é a pessoa que toma
conta no plano económico-financeiro. O outro é que lhes dá as condições para a sua
segurança emocional no plano terreno. Como estão dependentes do outro, não se valorizam nem sabem o que valem. Têm que aprender o seu valor, o que valem.
Como vimos o Plutão é o planeta da transformação, da regeneração. Qualquer Plutão tem que ser resolvido sob pena de termos de continuadamente ser compulsivos e instintivos nos assuntos da vida relacionados com a casa em que se encontra. Plutão para se resolver vai atrair situações cataclísmicas, onde o tapete nos é retirado por baixo dos pés. Os dois tipos de Plutão de Casa II terão de vivenciar ou experienciar situações onde será desmascarado aquilo que acreditam lhes oferece segurança emocional. Ou podem perder tudo o que conquistaram ou a fonte do seu sustento pode morrer. E então, a transformação se opera.
Ruy Figueiredo