Hoje iremos abordar as características dos nativos que nasceram com o Saturno na Casa V
Significado da Casa V
A Casa V é a segunda casa de identidade
(a Casa I é a primeira) e tem a ver com o Sol e com o signo de Leão. É uma casa
de fogo, logo de energia, ação e expansão.
Esta casa representa a área de vida
humana relacionada com a auto expressão, identidade, talentos, criatividade,
lazer, férias, divertimentos, vida noturna, filhos, romance, "flirt",
sexualidade, desporto, atores, artistas, cinema, teatro, jogos, casinos,
apostas. Ou seja, a Casa V é onde o nativo pode criar, auto expressar-se,
jogar, arriscar, divertir-se, dançar, amar, enfim, fazer tudo o que lhe apetece
para ser livre e feliz. Há um certo paralelismo entre o significado da Casa V e
a carta XIX do Tarot (O SOL). Esta carta é representada pela criança nua e
feliz que cavalga em cima de um cavalo branco. A criança representa o nosso sol
interior, a nossa criança interna e a sua nudez traduz a pureza e o
renascimento que se conquistam quando iluminamos (compreendemos) os medos,
bloqueios e memórias que obstaculizam a nossa criatividade, felicidade e
liberdade. Portanto, quando se atinge a liberdade interior, somos felizes,
gostamos de “cá” estar, gostamos de viver, criar, brincar, dançar, rir, correr,
amar e arriscar (sem medo). A Casa V apela, portanto à criatividade,
divertimento e amor. O amor aqui referido não é o amor responsável e
consequente da casa VII, mas um amor baseado no romance, "flirt",
prazer e sexo.
Saturno natal na
Casa V pede ao nativo que desenvolva uma estrutura consciente de identidade, ou
seja, obriga-o progressivamente a ganhar consciência de quem é que é como ser
único e individual, e a enfrentar, nesta vida, com base nessa identidade estruturada
e responsável, o medo de não ser aceite, de ficar sozinho, de que não gostem ou
de que não o amem. Sendo assim, com o Saturno na Casa V, numa
primeira fase de vida, o nativo sentirá
que a sua “criança brincalhona” é rejeitada pelos outros. Isto resulta do fato
de em criança, só ter-se sentido amado e aceite quando conseguia viver em
função do que os seus pais desejavam que ele fosse, e não em função do que ele era
de facto. Sendo assim, só gradualmente é que arriscava se revelar quem era,
sendo que no entretanto foi escondendo a sua própria individualidade para agir
de acordo com a expectativa e desejos dos pais. A sua personalidade foi então
bloqueada pelo medo e insegurança. Este nativo terá de aprender a libertar a
sua criatividade e a permitir que a criança brincalhona e espontânea apareça. E
isto, o nativo conseguirá fazer gradualmente ao longo do tempo, ou seja, pouco
a pouco, começará a sentir uma maior auto estima, e deste modo, começará a expressar
a sua verdadeira individualidade e criatividade pessoais.
Os nativos com
Saturno Natal localizado na Casa V, no geral, têm medo de se assumir, de serem
eles próprios, e quase sempre, tentam ser aquilo que devem ser em vez de serem
aquilo que, de facto, são. A expressão natural da personalidade e da identidade
é saturnina estando sempre à defesa.
Saturno
natal localizado na Casa V pode comprometer a expressividade do nativo dado que
este reprime um pouco mais os seus sentimentos e ações e se contem mais perante
os outros. Tal comportamento pode ter relação com a sua infância, já que a
criança pode ter sido submetida a regras comportamentais muito rígidas. Por
isso, a pessoa, desde muito cedo, começou a ter medo de se expor e acabou se
preocupando demais com a opinião dos outros, reprimindo e limitando a sua
criança interior e passando a se comportar como um adulto antes do tempo. O
humor do nativo também pode ficar comprometido e, deste modo, poderá ser
difícil para o mesmo, experienciar ou manter a alegria.
Criatividade
Saturno
na Casa V pode bloquear a criatividade do nativo. A dificuldade em deixar fluir
a criatividade pode fazer com que não desenvolva os seus reais talentos. No
entanto, poderá facilitar a concentração nos estudos.
Paternalidade
A Casa V é a
casa dos filhos. Os nativos com o Saturno natal posicionado nesta casa, no
geral, realizam o processo através dos próprios descendentes, tendo medo de os ter,
de que os filhos não gostem deles, de que não venham a gostar dos seus filhos
ou que estes sejam problemáticos. Podem, também, ter um excesso de preocupação
com os filhos (sobretudo com o mais velho). Estes nativos, no geral, são muito controladores com os seus filhos.
De facto, querem controlá-los para evitar que sofram, como eles próprios já
sofreram, no passado. Deste modo, e de forma não intencional, tentam moldar, formatar os filhos, e
consequentemente, estes manifestarão também, alguma dificuldade em serem eles
próprios. Os pais com o Saturno Natal na Casa V têm dificuldade em gostar de si
próprios e em resolver esta
insegurança. A resolução passa por tentarem ir ao fundo deste medo e para tal
terão de aprender a gostar de si próprios e a perceber que os filhos são seres
independentes. Pessoas com Saturno na Casa V experienciaram uma rejeição da
criança que está dentro delas. São pessoas que têm de aprender a soltar a sua criança
interior, o que podem fazer através dos filhos, brincando com eles e sendo mais
tolerantes. Há medida que vão permitindo que os filhos cresçam como seres
individuais, poderão redescobrir a sua própria criança interior. Contudo, no
geral, não será essa a tendência de comportamento do pai ou da mãe com Saturno na
Casa V. O mais certo, é controlarem e preocuparem-se em demasia com os seus
filhos, o que pode ocasionar que estes não consigam desenvolver a sua
individualidade.
AMOR
Os
nativos com Saturno natal na Casa V têm dificuldade nos relacionamentos dado
que não se deixam envolver, não se entregam.
De facto, são inseguros no domínio do coração, dado não terem certeza de si
mesmos e terem medo de serem rejeitados.
BRINCADEIRAS
Quando
Saturno natal está localizado na Casa V, o nativo apresenta um sentido de
responsabilidade exagerado o que faz com que tenha dificuldade em ter lazer,
divertir-se com os amigos e sair com eles. Isto deve-se ao facto de em criança
ter tido sérias dificuldades em brincar com as outras crianças.
Ruy
Figueiredo