HOJE ABORDAREMOS AS CARATERÍSTICAS DOS NATIVOS QUE NASCERAM COM O SATURNO EM ASPETO COM A LUA
Significado
da Lua
A Lua rege o signo de Caranguejo, exalta-se no signo
de Touro, está em detrimento no signo de Capricórnio e em queda no signo de
Escorpião. Isto significa que quando localizada em Caranguejo ou em Touro, a
sua energia flui naturalmente com a energia destes signos, mas quando
localizada em Capricórnio ou em Escorpião, tal não se verifica.
A Lua simboliza,
representa ou reflete:
a)
o nosso sentir;
b)
o vazio e a carência da alma;
c)
a noite, o inconsciente, os medos e os bloqueios;
d)
o passado, as memórias e a subjetividade;
e)
os antepassados, a infância, o lar, a família e a
mãe;
f) as reações inconscientes;
g)
a necessidade de segurança emocional, de conforto emocional
e de proteção;
h)
o humor e o estado de espírito;
i)
a rotina, o quotidiano, o modo de vida e os hábitos;
j)
a
recetividade, a empatia, a serenidade e a adaptabilidade;
k)
a
sensibilidade, a intuição e o sexto sentido;
l)
a
imaginação, o sonho e a fantasia;
m)
a maternidade e a fertilidade;
n)
a
capacidade nutridora, protetora e a hospitalidade;
o)
as
massas populares e o público;
p)
a
alimentação e as questões domésticas.
A
Lua em termos orgânicos, rege os seios, o estômago, as glândulas, o sistema
linfático e os distúrbios emocionais.
Saturno Em Aspeto com a Lua
A casa onde a
Lua se encontra no nosso mapa natal representa a área de vida humana onde vamos
buscar, adquirir a nossa segurança emocional. Todos nós precisamos de nos sentir
nutridos física e animicamente, caso contrário, começamos a nos sentir insatisfeitos
e infelizes com a vida. Como sabemos, a primeira pessoa que nos alimenta,
protege e prepara para a vida é a nossa mãe. De facto, as mães, são sem dúvida,
as grandes responsáveis pela formação do nosso corpo emocional, sendo que a estrutura
desse corpo dependerá do tipo de mãe que nos tiver criado. Nesse sentido, se a
nossa mãe, quando éramos crianças, nos deu aquilo que sentíamos que precisávamos,
então, obviamente, o nosso corpo emocional terá sido adequadamente estruturado
e consequentemente, fluímos com a vida, na fase juvenil e adulta. De facto, por
termos recebido alimento emocional em criança, inconscientemente acreditamos,
que continuaremos a receber, na fase adulta. E isso, porque foi criada uma
espécie de segurança e confiança na vida, que irá fazer com que naturalmente lidemos
com a vida. Se a mãe foi boa, então iremos achar que a vida também será boa
para nós. Se, por acaso, a mãe, não nos tiver alimentado de forma adequada,
então o corpo emocional não terá sido criado de forma estruturada, não iremos
confiar na vida e pensaremos que não será fácil obter o que precisamos. Ora
isso é o que acontece com os nativos que nasceram com o Saturno ligado à Lua,
sobretudo nos aspetos tensos. De facto, estas pessoas, noutras vidas, já terão
vivenciado alguma disfuncionalidade ao nível das emoções e por isso trazem esta
disfuncionalidade para ser trabalhada nesta vida. Ora como sabemos, Saturno bloqueia,
constringe, condiciona a função psicológica associado ao planeta em que toca, e
no caso em análise, irá “congelar” as emoções do nativo, irá inibir a sua
fluidez emocional, pelo menos numa primeira fase da sua vida, tornando-o
inseguro, tímido. Se a pessoa nasce com Saturno ligado à Lua, isto
provavelmente quererá significar que em outras vidas não terá experienciado a
segurança emocional. Obviamente, que nesta vida, o indivíduo, muito devido ao
padrão emocional com que nasceu, irá atrair situações que lhe irão ativar e
recordar o padrão transportado de outras vidas. Existem muitas situações que
podem acordar esse “vírus emocional”. Como exemplo, refiram-se as duas
situações seguintes: a) mãe muito atarefada, com muitos problemas e
responsabilidades e sem disponibilidade psíquica para perceber as necessidades da
criança e nutri-la em consonância; e ii) mãe muito autoritária devido a ter um
marido bastante fraco ou ausente e que por isso teve de desempenhar os dois
papeis parentais. Conhecidas as causas, falemos agora, das consequências
comportamentais. Como se comportam os nativos Saturno Lua ? Bem, no geral estes
nativos, desde muito cedo, assumem determinado tipo de responsabilidades
(tratar dos irmãos mais novos, ajudar os pais no trabalho, ir sozinho para a
escola), ou seja, são precocemente responsáveis. Como os seus corpos emocionais
não evoluíram de forma saudável, eles não se vão sentir alimentados e amados e
irão ter comportamentos inconscientes que visam obter esse alimento, esse amor.
Deste modo, estes nativos sentem que os seus pais apenas irão gostar deles, se
eles se portarem bem e em consequência, vão corresponder para gostarem deles e
assim obterem alguma segurança e conforto emocional. Deste modo, irão agir de
forma não livre, não serão eles próprios e nunca poderão responder como lhes apetece
e precisam. Não podem chorar, não podem berrar, porque se o fizerem, irão estragar
o “jogo”. O Saturno está a defender-se de se sentir rejeitado, magoado, de que
não gostem dele, que não lhe deem o que precisa. E deste modo, estes nativos vão
fazer o jogo, ou seja, vão satisfazer as expetativas que tinham deles, no
passado, em termos emocionais. Estes nativos defendem-se para se sentirem seguros.
E tornam-se hiper responsáveis. É como se a criança não fosse criança e tivesse
se virado adulto. O que não quer dizer que a criança não tivesse ficado
congelada lá dentro. Tem a forma de um adulto, mas tal não significa que os
seus sentimentos mais inconscientes e profundos estejam ao nível da maturidade
que apresenta para o mundo. Há quase que um medo de sentir, sendo que no fundo,
o medo de sentir é a fragilidade da criança que ficou lá. A criança
frequentemente diz para si própria: “Vou ser assertivo, eficiente, prático e
responsável”. O que se passa é que a criança Saturno Lua deseja que lhe
deem segurança emocional, mas verifica com o passar do tempo que ficou sozinha
e que tem de arcar com as responsabilidades emocionais da sua vida. Isso será
assim até a criança ter sido capaz de criar uma verdadeira e consciente
estrutura emocional. Enquanto ainda tiver expetativa de que alguém lhe irá dar
segurança emocional, não irá conseguir estruturar a sua própria segurança e
acabará sozinha. O que tem de integrar ou aprender é que nasceu com esse padrão
que faz parte do plano desenhado para a sua evolução e que tem de o trilhar solitariamente
sem se deprimir. A própria pessoa no fundo, nunca está bem e acaba por criar ou
atrair as circunstâncias que não fluem. Quando ao fim de certo tempo, o nativo
Saturno Lua percebe, através das diversas desilusões que experimentou ao longo
da sua vida, que os outros não lhe podem dar a segurança emocional que deseja,
pode então, fazer aquilo a que se chama de “transferência”. Neste caso, em vez
de se focar nos aspetos emocionais que necessita para a sua vida, foca-se num alimento
mais material (necessidade de possuir uma casa, terras, bens ou coisas que
identifica como sólidas, seguras e que lhe dão estabilidade emocional). De
facto, quando existe transferência do emocional para o físico, esquece-se que
se está sozinho. No entanto, têm de perceber qual é aspeto psíquico da sua personalidade
que as leva a não conseguirem criar relações que as alimente.
Saturno Lua ligados por um bom aspeto
Quando no mapa
astral o Saturno se encontra bem aspetado à Lua isso indica que o nativo já
conquistou segurança emocional, em outras vidas. Deste modo, o Saturno vai dar
segurança à Lua e nunca a vai deixar perder-se. O nativo será uma pessoa equilibrada
e saberá gerir os seus sentimentos, mesmo os mais dolorosos, porque está lá o
Saturno a dar-lhe a mão e a fazer-lhe entender a razão desses sentimentos. As
pessoas com o Saturno bem ligado à Lua adquirem maturidade e tornam-se indivíduos
seguros.
Saturno Lua ligados por um mau aspeto
Quando o nativo
apresenta o Saturno ligado à Lua por um aspeto tenso, por exemplo, quadratura,
é bem provável que seja uma pessoa insegura, tímida, desprotegida e descompensada.
No geral, estes nativos não amadurecem com o tempo, dado que nunca se põem em
causa. Preferem ser vítimas e atribuir a culpa à mãe (que nunca gostou deles), aos
filhos ou a outra pessoa, do que tentarem ter consciência dos seus padrões
emocionais e compreenderem porque tiveram necessidade de viver estas experiências
emocionais.
Ruy Figueiredo
