quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

ASTROLOGIA. VÉNUS NA CASA X (PARTE XIV)

Hoje abordaremos as características dos nativos com a Vénus natal situada na Casa X

 

Significado da Casa X

Casa X está relacionada com aquilo que o nativo pretende “ser” quando crescer. Nesse sentido, tem a ver com a imagem, função e participação que consciente ou inconscientemente, o indivíduo deseja implementar na sua vida pública, social e profissional. Deste modo, a Casa X reflete a forma como o nativo se comporta na vida pública, como deseja ser reconhecido socialmente e como efetivamente o reconhecem. É a casa da carreira profissional, do “status” e está relacionada com o signo de Capricórnio e com o planeta Saturno.

Casa X – Casa de Terra

A Casa X é a última casa de terra. A 1ª casa é a Casa II (Touro) que tem a ver com as ferramentas, valores e dotes que trazemos ao mundo e que podem ser desenvolvidos e postos em prática. Esta casa representa afinal, aquilo que valemos e que somos capazes de fazer. A 2ª casa é a Casa VI (Virgem) que tem a ver com o trabalho (serviço) concreto que podemos produzir. A 3ª e última casa é a Casa X que representa a área onde podemos atingir a máxima realização social e profissional. As casas de terra são casas materiais e, portanto, estão ligadas ao mundo concreto e prático (trabalho, serviço e realização).

Casa X – Casa Social ou Coletiva

Enquanto nas casas ditas pessoais (I a VI), a expansão consciencial do nativo é obtida através de si próprio, nas casas ditas sociais (VII a XII), a expansão consciencial é obtida através da interação com o outro.

Casa X – 1ª Casa do “Nós”

A Casa X pertence simultaneamente ao Hemisfério Oriental ou do “Eu” (casas I a III e casas X a XII) e ao Hemisfério Sul ou Diurno (casas VII a XII). Por ser uma casa “oriental”, nela o nativo não se deixa influenciar pelos outros, nem pelo meio em que vive nem pelas circunstâncias da vida, sendo ele próprio o motor do destino. No entanto, por ser também uma casa “diurna”, o nativo precisa de ter experiências com os outros para ampliar a sua consciência. Deste modo, na Casa X o nativo vai tomar conta do barco da sua vida, mas tendo sempre em atenção a existência dos outros. É a primeira casa do “nós”.

Nas Casas VII, VIII e IX, o nativo interage com o outro, mas ainda sem o considerar como integrado no coletivo, ou seja, como pertencente ao mesmo barco gigante em que ele se encontra (sociedade, país, etc.). Na Casa VII consegue “ver” o outro porque começa a gostar do outro e tal fato obriga-o a reconhecer a importância de se relacionar com uma identidade distinta de si próprio. Na Casa VIII consegue “ver” o outro porque ao reconhecer a importância da identidade do outro na sua vida, não o quer perder e porque não o quer perder, controla-o e porque o controla, atrai dramas e porque atrai damas, sofre e ao sofrer, morre, e ao morrer, renasce. Na Casa IX, o nativo já consegue ver o outro, mas já sem carência, sem posse, sem instintos. O outro já é considerado um ser com que priva socialmente, reconhecendo-lhe, conscientemente, uma identidade própria e livre que deve tratar com respeito, justiça e honestidade. No entanto, só nas Casas X, XI e XII, é que o nativo integra o outro no coletivo. Deste modo, a Casa X é a primeira casa do “nós”.

Casa X – Casa da Autoridade

Na Casa X estão refletidas as pessoas que desempenham ou desempenharam um papel de referência, poder e autoridade sobre o nativo (mãe, professores, patrões, entre outros).

Casa X – Casa da Carreira e da Profissão

A Casa X também pode fornecer informação sobre a carreira ou vocação do nativo. Uma Casa X fortemente energizada pode indiciar um nativo que viverá a carreira com muita intensidade e que por isso angariará um estatuto social considerável.

Casa X – Casa da Imagem Social

A Casa X fornece também informação sobre a forma como o nativo se comporta publicamente, sobre a imagem que quer apresentar ao mundo (por exemplo, o tipo de roupa que usa nos encontros sociais e profissionais) e ainda como os outros o percecionam, em termos públicos e sociais. Lembremo-nos que a Casa X é a casa que está situada mais acima e consequentemente mais luminosa e visível no mapa.

Casa X – Casa da Resposta ao Coletivo

A Casa X fornece indicações sobre a natureza do contributo que o nativo poderá dar ao coletivo. Este contributo pode ser político, militar, religioso ou de outra natureza.

 

Significado de Vénus

A Vénus rege a parte feminina, “yin” e passiva da pessoa. Quando Vénus está ligada a um planeta vai procurar incutir-lhe harmonia, entendimento, amor e equilíbrio. Este planeta rege os signos de Touro e Balança. Como regente do signo Touro, Vénus reflete os aspetos ligados ao amor físico e à posse de bens materiais. Como regente do signo de Balança, Vénus está associado aos aspetos éticos, estéticos e relacionais da vida.

De uma forma geral, Vénus reflete os seguintes comportamentos da vida humana:

a)       Como regente do signo de Touro

paixão, sexualidade, sensualidade, prazeres da vida, dinheiro, bens materiais

b)       Como regente de Balança

relacionamentos, amor, ternura, afeto, poder de atração, união, partilha, fraternidade, amizade, solidariedade, sociabilidade, afinidade, paz, suavidade, delicadeza, harmonia, equilíbrio, alegria, charme, encanto, sedução, beleza, sentido estético, talento artístico, intimidade, jovialidade.


Em síntese, Vênus reflete a forma como vivemos o prazer e valorizamos e expressamos o amor e o belo. A Vénus reflete a necessidade de nos identificarmos com os outros, de nos relacionarmos e obtermos equilíbrio na relação.

 

Significado de Vénus na Casa X

Quando Vénus natal se encontra localizada na Casa X e se encontra bem aspetada e/ou dignificada, o nativo terá tendência para ser atraente, popular, carismático, elegante e charmoso. Também tenderá a ter uma carreira de sucesso principalmente ligada ao mundo das artes e do belo (joias, roupas, produtos estéticos e de beleza , música, etc.). Estes nativos estão sempre bem dispostos e têm uma boa imagem diante dos que o rodeiam.

 

Quando Vénus natal se encontra localizada na Casa X e se encontra mal aspetada e/ou dignificada, o nativo terá tendência para ser uma pessoa de excessos, muito vaidosa e superficial e tenderá a gostar de ser o centro das atenções.

 

Ruy Figueiredo

terça-feira, 22 de outubro de 2024

ASTROLOGIA. VÉNUS NA CASA IX (PARTE XIII)

Hoje abordaremos as características dos nativos com Vénus na Casa IX. 


Significado da Casa IX

Casa IX – 3ª Casa de Identidade

Na Casa I, a primeira casa de identidade, ao afirmarmo-nos, ao termos iniciativas, vamos ganhando alguma consciência de quem nós somos. Na Casa V, a segunda casa de identidade, ao levarmos ao mundo as nossas criações, tomamos consciência do ser especial que somos. Com a vivência da Casa IX, saímos da esfera do eu pequenino e percebemos que a nossa identidade afinal só pode ser dimensionada noutras esferas, ou seja, não somos apenas quando e porque agimos (Casa I), não somos tão pouco apenas quando e porque criamos, mas somos sobretudo quando conhecemos, quando conseguimos enxergar para além do nosso umbigo. Por isso, a Casa IX propõe a expansão da consciência para níveis mais elevados.

Casa IX – Casa social ou coletiva

Enquanto nas casas ditas pessoais (I a VI) a expansão consciencial do nativo é obtida através de si próprio, nas casas ditas sociais (VII a XII), a expansão consciencial é obtida através do outro. Na Casa VII, ampliamos a consciência de quem somos através dos processos de identificação e desidentificação com o outro. Na Casa VIII, ampliamos a consciência de quem somos através dos processos de morte e renascimento das nossas posturas instintivas que emergem com a vivência fusional e tensional com o outro. Na Casa IX a expansão consciencial também é realizada através do outro mas com base em outros mecanismos que descreveremos mais adiante.

Casa IX – Última casa do Outro

O Eixo Meio do Céu-Fundo do Céu divide o mapa em dois hemisférios: o Hemisfério Oriental (casas I, II, III, X, XI e XII) e o Hemisfério Ocidental (casas IV, V, VI, VII, VIII e IX).

No Hemisfério Oriental, também conhecido como “O Hemisfério do EU”, o nativo não se deixa influenciar pelos outros, nem pelo meio em que vive nem pelas circunstâncias da vida. Ele é o motor do seu próprio destino.

No Hemisfério Ocidental, também conhecido como O Hemisfério dos Outros”, o nativo age em função dos outros, do ambiente e das circunstâncias da vida. Ele deixa-se condicionar.

Nas Casas IV a VI do Hemisfério Ocidental, o nativo ganha expansão consciencial através de si próprio quando se expressa, cria e trabalha, mas no entanto ainda não consegue “ver” o outro, apesar do outro o condicionar de forma indireta (Casa IV - a família; Casa V - o aplauso do outro; Casa VI – o serviço feito ao outro). O nativo não “vê” o outro, no sentido de ainda não conseguir reconhecer o outro como identitariamente importante.

Nas Casas VII a IX do Hemisfério Ocidental, o nativo já consegue “ver” o outro e ganha expansão consciencial através dos seus relacionamentos, deixando-se condicionar de forma direta pelo outro.

Na Casa VII, consegue “ver” o outro porque começa a gostar do outro e tal fato obriga o nativo a reconhecer a importância de se relacionar com uma identidade distinta de si próprio. Na Casa VIII consegue “ver” o outro porque ao reconhecer a importância da identidade do outro na sua vida, não o quer perder e porque não o quer perder, controla-o e porque o controla, atrai dramas e porque atrai damas, sofre e ao sofrer, renasce.

Na Casa IX, o nativo já consegue ver o outro, mas já sem carência, sem posse, sem instintos. O outro já é considerado um ser com que priva socialmente, reconhecendo-lhe, conscientemente, uma identidade própria e livre que deve tratar com respeito, justiça e honestidade. Contudo, ainda não há um “nós” pois de um lado está o nativo e do outro lado está o outro. Estão juntos, mas ao mesmo tempo estão separados. A Casa IX representa a última casa do hemisfério ocidental ou Hemisfério do Outro. Nas casas seguintes, o outro já é percecionado de forma coletiva, já é um ser coletivo, já é integrado no coletivo. Na Casa X, o indivíduo pertence ao ser coletivo estruturado (navegamos no mesmo barco). Na Casa XI o indivíduo pertence ao ser coletivo fraternal e idealizado (somos todos irmãos). Na Casa XII, e finalmente, o indivíduo pertence ao ser coletivo individualizado (somos todos um).

Casa IX – Os Três Níveis Evolutivos

Cada nativo viverá a Casa IX e as demais casas do seu mapa, em função ou de acordo com o estado evolutivo que possui durante a sua vida. Se o seu nível de evolução, em determinada altura da sua vida for básico, experienciará o primeiro nível da Casa IX que corresponde à ampliação do conhecimento através das viagens físicas que lhe permitem conhecer e aprender intelectualmente as verdades exteriores sobre novos mundos, ideias, culturas e povos. Se o seu nível de evolução for médio, experienciará o segundo nível da Casa IX, que corresponde à ampliação do conhecimento através da adesão emocional a verdades interiores (valores e crenças). Se o nativo estiver num nível evolutivo avançado, experienciará o terceiro nível da Casa IX que corresponde à ampliação do conhecimento através da adesão iniciática às verdades universais.

Casa IX - Conhecimento, Ensino

O eixo Casa III – Casa IX é o eixo do conhecimento. Estas duas casas estão relacionadas, deste modo, com a obtenção do conhecimento. Só que o conhecimento referido tem uma tónica diferente em cada uma delas.

Na Casa III (da mente concreta), o nativo é um acumulador de informação e de factos. Recolhe e armazena-os para melhor compreender e se posicionar no mundo físico à sua volta. No entanto, apesar do seu apetite voraz por informação, não lhe dá um sentido, não a direciona. Deste modo, conhece um pouco de tudo, mas sempre ao de leve, pela rama, pela superfície. Ou seja, o conhecimento adquirido nesta casa é superficial e apenas focado para o quotidiano, para a rotina e para o ambiente próximo.

Na Casa IX, o nativo já sente a informação recolhida, já lhe dá um sentido e já a direciona. Por isso, a imagem que representa o Sagitário (seu regente natural) é traduzida por um centauro a apontar uma seta, indicando que deveremos ir mais além e não ficarmos circunscritos à esfera ambiental envolvente, próxima. A Casa IX, deste modo, já não tem a ver com o conhecimento superficial, mas sim com o conhecimento mais profundo. Em suma, na Casa III, recolhe-se a informação, mas é na Casa IX onde se tiram conclusões sobre a informação recolhida e onde se vai mais além do conhecimento superficial obtido. Por isso, esta casa está associada à educação superior, às universidades, mestrados e doutoramentos. É a casa do professor que expande os seus conhecimentos levando-os para os outros para que estes possam expandir a sua consciência.

Enquanto a Casa III é a casa do ambiente e do conhecimento imediato, rápido, prático, lógico e racional, a Casa IX é a da mente superior.

Casa IX – Religião, Filosofia

Na imagem do centauro que ilustra o signo de Sagitário a seta é apontada para cima, para o céu, indicando claramente que se deve procurar o conhecimento “que está acima”, se quisermos ir mais além, se quisermos ampliar a nossa consciência. O estádio mais elevado da aprendizagem corresponde à compreensão das leis invisíveis que regulam o mundo.

Na Casa III, o nativo apenas consegue conhecer as leis visíveis do mundo dado que esta casa está ligada ao cérebro esquerdo ou solar, ou seja à mente inferior, concreta, racional, lógica, analítica, dedutiva, científica e linear. Na Casa IX, o nativo consegue aceder às leis invisíveis do mundo dado que esta casa está ligada ao cérebro direito ou lunar, ou seja, à mente superior, abstrata, intuitiva. Deste modo, o nativo nesta casa, tem capacidade para intuir as verdades e as leis invisíveis que regulam o Universo, ou seja, por intuição, por “flashes”, consegue aceder à compreensão do funcionamento cósmico. Ao aceder a esse conhecimento, o nativo identifica-se com o mesmo pois este ressoa dentro dele e ao ressoar, ele sente-o, e ao senti-lo, dá-lhe um sentido, um significado. Ao dar-lhe um sentido, acredita nesse conhecimento. Ao acreditar nesse conhecimento, o mesmo passa a ser para ele uma verdade incontornável. E ao sentir aquela verdade, irá passá-la aos outros com imensa convicção e energia pois a Casa IX é uma casa de fogo, de expansão. O nativo não precisa que lhe expliquem racionalmente porque é que é aquilo em que acredita, corresponde a uma verdade. Simplesmente intui que é verdade e a partir daí passa a acreditar. O nativo crê sem necessidade de ver e crê porque lhe faz sentido, porque sente. O nativo acredita, pura e simplesmente. O acreditar não carece de fundamentação percecional ou mental. O acreditar apenas carece de identificação emocional, vibracional e de ressoamento. Deste modo, na Casa IX, o nativo poderá intuir e ir mais longe na consciência de quem é, poderá intuir as “Leis” que ordenam o mundo e que lhe dão um sentido e significado. E ao tê-las como referência, o nativo dimensiona-se, transcende-se e conhece-se, e transmitindo-as aos outros, ajuda-os a dimensionaram-se, transcenderem-se e a conhecerem-se também.

É muito por causa da força deste “acreditar”, que se associa o otimismo aos nativos do signo de Sagitário (regente natural da Casa IX). Os sagitarianos acreditam que as coisas vão funcionar, que tudo irá correr pelo melhor e isso é assim porque eles nasceram com a capacidade de acreditar.

Portanto, a Casa IX é uma casa de fé, de crenças e ideais e uma casa onde o nativo irá experienciar as questões ligadas à religiosidade e filosofia. É a casa do sábio, do mestre e do guru.

A Casa IX é também conhecida como a "Casa da Filosofia" e também como a "Casa de Deus".

Casa IX – Ética

Júpiter, planeta que rege a Casa IX está localizado no Sistema Solar depois de Marte (último dos planetas pessoais). Por esse motivo, Júpiter é considerado o primeiro planeta social dado que está para além dos planetas que servem o ego, a personalidade (Sol, Lua, Mercúrio, Vénus e Marte). Deste modo, a Casa IX está também relacionada com os princípios que regem a sociedade. Nesse sentido, A Casa IX é a casa dos valores, do direito, das leis, dos tribunais, da ética, da moral, da opinião pública, do certo e do errado, etc..

Casa IX – Viagens de Longa Distância e o Estrangeiro

O objetivo da Casa IX é o do centauro que aponta a seta para ir mais além, para se expandir. Como já referido, esse objetivo pode ser conseguido através da aprendizagem de conhecimentos, da religiosidade, da ética, da moral, entre outras vias. Ora, obviamente, que o contato com outras culturas, povos, países, mentalidades permite também a ampliação dos conhecimentos. Deste modo, as viagens de longa distância, os outros países, as outras línguas, as outras culturas são fonte de aprendizagem e de expansão consciencial. Enquanto a Casa III rege o ambiente próximo e aquilo que é descoberto explorando-se tudo o que fica à mão, a Casa IX descreve a perspetiva que ganhamos quando nos afastamos e olhamos a vida de uma certa distância.

Deste modo, a Casa IX está associada às viagens de longa distância e ao estrangeiro.

Por vezes, os nativos com a Casa IX muito ativada não sentem muita apetência para viajar para longe e este fato pode parecer contradizer o que foi atrás referido. No entanto, estes nativos podem já estar num estádio evolutivo desenvolvido e já não sentirem necessidade de realizarem longas jornadas para ampliarem a sua consciência. Deste modo, preferirão realizar viagens internas, dentro de si, através de meditação e reflexão e por vezes, nessas viagens, encontram verdadeiros tesouros e adquirirem ampliações de consciência elevadíssimas.

Inserem-se na tónica da casa IX, não apenas as viagens físicas, como também as viagens mentais (idealistas, meditativas e transcendentais).

Casa IX – Parentes

A Casa IX está relacionada com os sogros, netos (netos = filhos dos filhos, sendo a Casa IX, a Casa V da Casa V) e cunhados (cunhados = irmãos do cônjuge, sendo a Casa IX, a Casa III da Casa VII).

Casa IX – A Casa Seguinte à Casa VIII

A Casa VIII com sabemos está relacionada com as mortes e transformações psíquicas. Quando o nativo vive esta casa na sua plenitude, ou seja, quando morre e se liberta dos seus medos, desejos e instintos, fica livre para fluir e viver a CASA IX, fica livre para se redimensionar e transcender-se. De facto, já adquiriu uma visão mais ampla de quem é e de como se deve interagir com o outro. Já se encontra em condições para refletir e tirar conclusões sobre o propósito da sua passagem terrena. É sabido, que após uma infelicidade ou drama de Casa VIII (divórcio, falência, perda de um ente querido, etc.), é frequente, como terapia, utilizar-se a Casa IX, para fazer uma viagem, tirar um outro curso, etc., pois esta casa incita-nos a procurarmos um novo sentido para a vida.

 

Significado de Vénus

A Vénus rege a parte feminina, “yin” e passiva da pessoa. Quando Vénus está ligada a um planeta vai procurar incutir-lhe harmonia, entendimento, amor e equilíbrio. Este planeta rege os signos de Touro e Balança. Como regente do signo Touro, Vénus reflete os aspetos ligados ao amor físico e à posse de bens materiais. Como regente do signo de Balança, Vénus está associado aos aspetos éticos, estéticos e relacionais da vida.

De uma forma geral, Vénus reflete os seguintes comportamentos da vida humana:

a)       Como regente do signo de Touro

paixão, sexualidade, sensualidade, prazeres da vida, dinheiro, bens materiais

b)       Como regente de Balança

relacionamentos, amor, ternura, afeto, poder de atração, união, partilha, fraternidade, amizade, solidariedade, sociabilidade, afinidade, paz, suavidade, delicadeza, harmonia, equilíbrio, alegria, charme, encanto, sedução, beleza, sentido estético, talento artístico, intimidade, jovialidade.

Em síntese, Vênus reflete a forma como vivemos o prazer e valorizamos e expressamos o amor e o belo. A Vénus reflete a necessidade de nos identificarmos com os outros, de nos relacionarmos e obtermos equilíbrio na relação.

 

Significado de Vénus na Casa IX

Quando Vénus natal se encontra localizada na Casa IX e se encontra bem aspetada e/ou dignificada, o nativo terá tendência para ser curioso e buscar o conhecimento (acadêmico, filosófico, religioso, esotérico, entre outros) de forma incessante.

 

Quando Vénus natal se encontra localizada na Casa IX e se encontra mal aspetada e/ou dignificada, o nativo terá tendência para ser algo cético e teimoso.

Ruy Figueiredo

quarta-feira, 9 de outubro de 2024

ASTROLOGIA- VÉNUS NA CASA VIII (PARTE XII)

HOJE ABORDAREMOS AS CARATERÍSITCAS DOS NATIVOS NASCIDOS COM A VÉNUS NA CASA VIII

Significado da Casa VIII

A Casa VIII é uma casa de memórias ligadas ao passado. É a casa do signo de Escorpião. É uma casa da água psíquica, abissal e profunda. Como se trata de uma casa cármica (como as casas IV e XII), nela ficam facilmente armazenadas as memórias dos medos e de inseguranças que trazemos de outras vidas. A casa VIII tradicionalmente é a casa das perdas, mortes psíquicas e também da morte física.

Enquanto a Casa II é uma casa pessoal, de terra e tem a ver com “O Meu”, com os valores próprios, com o signo de Touro e com o planeta Vénus, a Casa VIII é uma casa coletiva (social), de água e tem a ver com “O Teu/O Nosso”, com os valores dos outros, com o Signo de Escorpião e com os planetas Marte e Plutão.

Casa II (pessoal) versus Casa VIII (social)

A Casa II é uma casa pessoal logo visa a expansão consciencial do nativo através de si próprio enquanto a Casa VIII é uma casa coletiva pois visa a expansão consciencial do nativo através do outro (dos valores do outro).

Casa II (do elemento terra) versus Casa VIII (do elemento água)

A Casa II, por ser uma casa de terra, representa uma área de vida ligada ao mundo concreto e prático. Nesta casa, o nativo vive obcecado com a necessidade de segurança material que por sua vez lhe irá devolver segurança emocional. Deste modo, o nativo quer a todo o custo ter estabilidade, paz e harmonia, não gosta de mudanças, não se deixa transformar (é teimoso) e vive dependente da necessidade de possuir.

Já a Casa VIII, sendo uma casa de água, representa uma área de vida focada nos sentimentos, memórias, emoções e instintos.

Existem três casas de água. A Casa IV é a primeira casa de água e representa as águas do Caranguejo que têm a ver com a nossa herança em termos genéticos, hereditários, psicológicos, educacionais, emocionais e com a nossa maior ou menor capacidade para nos sentirmos alimentados e felizes em função desse “património” herdado. A Casa IV representa então as águas onde nos banhámos, vivemos e fomos nutridos na nossa infância. Nesta casa, o nativo sentir-se-á seguro emocionalmente se tiver sido adequadamente alimentado em termos emocionais.

A Casa VIII é a segunda casa de água e representa as águas abissais, profundas, instintivas, inconscientes, animais, irracionais, obsessivas, primárias, egocêntricas, separatistas, violentas, psíquicas e cármicas do Escorpião. Nesta casa, o nativo sentir-se-á seguro emocionalmente se conseguir satisfazer os seus desejos mais recônditos e profundos e se conseguir satisfazer o seu instinto inconsciente de sobrevivência à vida.

A Casa XII é a terceira casa de água e já tem a ver com as águas do oceano cósmico às quais nos devemos render e entregar. Essa entrega do nosso ser à “VIDA” apenas será conseguida quando naturalmente confiarmos nela e acreditarmos que sempre cuidará de nós e nos levará para onde temos de ir. Só consegue nadar nas águas deste oceano cósmico, aqueles que naturalmente se rendem e se entregam à “VIDA”, submetendo-se à sua vontade. São pessoas para quem as referências biológicas da Casa IV perderam sentido ("Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?" disse Jesus) e para quem os instintos, os medos e as inseguranças da Casa VIII, foram superados.

Como reparamos, enquanto na Casa II, o nativo não se deixa transformar e atrai estabilidade, calma, tranquilidade e harmonia através das coisas que vai obtendo no mundo concreto, na Casa VIII, o nativo é impelido a transformar-se, superando os impulsos incontroláveis que experiencia face às diversas situações de perda que seguramente irá atrair. Nesta casa, o nativo atrai situações de perda porque no fundo deseja mais do que necessita e porque coloca na satisfação dos seus desejos, uma intensa carga instintiva e psicológica, ou seja, deseja as coisas e as pessoas a todo o custo e não pode sequer pensar na hipótese de não as ter ou de as perder. É mais forte do que ele, é visceral, é instintivo, é irracional. Deste modo, vive interiormente agitado, intranquilo. De facto, o nativo explode, sempre que um desejo intenso e inconsciente não é satisfeito. O que a “VIDA” pretende é que esse nativo morra para esse desejo, ou seja, que não fique dele dependente e que perca toda a carga instintiva com que o alimenta. Mais cedo ou mais tarde, após diversas experiências de perda, o nativo terá conseguido transformar-se e a sua intranquilidade desaparecerá pois terá apaziguado as suas águas instintivas e animais que não o deixavam evoluir e que lhe davam instabilidade e intranquilidade.

A proposta desta casa é sermos capazes de perder gradualmente a carga instintiva de sobrevivência que habita dentro de nós e que herdámos e transportámos de outras vidas em resultado dos medos e inseguranças que desenvolvemos como reação a diversas situações que experienciamos e que nos puseram à prova. Nesse sentido, a Casa VIII é a casa das várias mortes psíquicas bem como também, da morte física. As mortes psíquicas permitem a alteração do estado de consciência no que se refere à aceitação da não satisfação do desejo. Não quer dizer que se abdique do desejo. O que é crucial é conseguir desejar sem cargas instintivas. Deste modo, a Casa VIII é uma verdadeira casa de iniciação, renascimento, pois representa a área de vida onde o nativo se pode regenerar, transformar, alquimizar, renascer.

 

Casa II (“O Meu”) versus Casa VIII (“O Teu/ O Nosso")

A Casa II tem a ver com as ferramentas, valores e dotes que trazemos ao mundo e que podem ser desenvolvidos e postos em prática. Nela iremos investir os nossos recursos naturais, os nossos valores (ou seja, os valores próprios) para sermos auto suficientes, termos um sentimento de auto estima, sabermos o que valemos e no fundo, termos segurança emocional com base nas coisas práticas, de valor e de dinheiro que possuímos. É a casa do “Meu” (o meu carro, a minha casa, a minha mulher, os meus filhos, o meu dinheiro, o meu barco, etc.).

A casa VIII, de transformação através do outro, não são os nossos valores que interessam, mas sim os dos outros. Os outros vão constituir o combustível que irá ativar o nosso “caldeirão” interior e que propiciará as transformações necessárias à nossa transcendência. Ligamo-nos aos outros para podermos descobrir uma dimensão de nós próprios que não descobriríamos, sozinhos. Deste modo, a Casa VIII está relacionada com as posses de um relacionamento, com a propriedade comum, com os recursos conjuntos, com as heranças, com o dinheiro do outro, com os negócios, com as sociedades, com os impostos, com os seguros e com as finanças.

 

Casa VIII – os desejos, as dependências, o poder oculto e o sexo

Na Casa VIII, o nativo fica prisioneiro, refém, dependente da satisfação de um desejo qualquer que lhe proporciona um sentimento de segurança, potência e poder. Nesta casa, ele sentir-se-á tranquilo e feliz enquanto continuar a existir e estiver sob o seu controlo, aquilo que deseja e que identificou como objeto da sua segurança emocional. O problema e a instabilidade surgem quando acontece algo que vem ameaçar a continuidade da satisfação desse desejo. Quando tal acontece, o nativo transforma-se num “animal” no sentido que do seu interior profundo, emergem, acordam e são ativados os seus instintos. O instinto é a força que emerge dentro de cada um de nós, de forma inconsciente, sempre que lutamos para sobreviver. Quando o desejo não é satisfeito, os instintos vêm ao de cima e coisas desagradáveis e impensáveis podem acontecer. É o drama do Escorpião, daí a baixa conotação das pessoas deste signo, muito embora, no geral, seja injusta, dado o indivíduo de Escorpião ser, uma pessoa perfeitamente controlada e pacífica (mas por favor não façam com que ele se sinta magoado, pois aí, toda a sua força instintiva emergirá e tudo poderá acontecer). Como se constata, na Casa VIII, a pessoa está presa, refém e dependente do seu instinto que é acordado quando algo se coloca entre ela e o seu desejo. Deste modo, a Casa VIII é a casa da paixão, do poder psíquico, da bruxaria, do ocultismo, dos rituais, das iniciações, da medicina, da cura e também do sexo que representa um dos instintos mais básicos de sobrevivência (da procriação da espécie).

 

Casa VIII – o trabalho relacional

A casa VII e a casa VIII representam as áreas onde os relacionamentos são trabalhados. Enquanto na Casa VII (ligada ao planeta Vénus e ao signo mental da Balança), o trabalho baseia-se no processo mental de espelho (identificação e desidentificação), na Casa VIII (ligadas aos planetas Marte e Plutão e ao signo do Escorpião), o trabalho não é mental, mas psicológico e emocional dado lidar com instintos e desejos.

Na Casa VII os outros são o motor da nossa transformação, mas apenas no tocante à compreensão de quem é o outro, de quem somos e do que é uma relação. Ou seja, na Casa VII, atraímos alguém com que nos identificamos e esse alguém será o motor da na nossa expansão consciencial porque começamos a aprender, através dele, quem somos. Deste modo, se formos ciumentos, mas não soubermos que o somos, é provável que atraiamos um parceiro ciumento com o qual e através do qual, naturalmente, começamos a perceber que afinal também temos essa postura. Assim, ampliamos a nossa a consciência e dizemos para nós próprios: “Foi preciso andar com esta pessoa para ver nela aquilo que em mim não reconhecia. Consegui finalmente perceber que também sou uma pessoa ciumenta”. No entanto, o fato de se perceber “intelectualmente” que se é ciumento, não vai curar esse problema pois é necessário ir mais fundo e perceber porque é se esse problema existe. Uma das formas da pessoa ir ao fundo é sem dúvida, passar pelos dramas da casa VIII, porque nesta casa, a paixão e a entrega são profundas e quando há o corte, a resposta é dada pelo instinto, e por favor saiam da frente porque as atitudes são imprevisíveis.

Se a Casa VIII pressupõe entrega, fusão, quando as expetativas que temos sobre os outros são goradas (por exemplo, quando somos traídos, abandonados), sentimos que o mundo caiu, desabou. Se a fusão na Casa VIII fosse apenas mental como na casa VII, haveria tristeza, mas sem transformação. A fusão experienciada na Casa VIII faz emergir o pior que há em nós (vingança, raiva, ódio, medo, etc.) quando o nosso desejo deixa de ser satisfeito ou perdermos o controlo sobre o outro. De facto, só quando estamos fundidos, é que o corte e a separação, são dolorosos. Só nestes casos é que é acordado o escorpião, o animal que existe em nós. Então sentimos uma perda, e se persistirmos a desejar visceralmente as coisas, voltaremos mais tarde a ter novamente outra perda, até que um dia, conseguiremos exorcizar os nossos instintos baseados no medo e na sobrevivência animal. Aceitamos perder e então renascemos, pois deixámos de ser instintivos.

Significado de Vénus

A Vénus rege a parte feminina, “yin” e passiva da pessoa. Quando Vénus está ligada a um planeta vai procurar incutir-lhe harmonia, entendimento, amor e equilíbrio. Este planeta rege os signos de Touro e Balança. Como regente do signo Touro, Vénus reflete os aspetos ligados ao amor físico e à posse de bens materiais. Como regente do signo de Balança, Vénus está associado aos aspetos éticos, estéticos e relacionais da vida.

De uma forma geral, Vénus reflete os seguintes comportamentos da vida humana:

a)       Como regente do signo de Touro

paixão, sexualidade, sensualidade, prazeres da vida, dinheiro, bens materiais

b)       Como regente de Balança

relacionamentos, amor, ternura, afeto, poder de atração, união, partilha, fraternidade, amizade, solidariedade, sociabilidade, afinidade, paz, suavidade, delicadeza, harmonia, equilíbrio, alegria, charme, encanto, sedução, beleza, sentido estético, talento artístico, intimidade, jovialidade.

 

Em síntese, Vênus reflete a forma como vivemos o prazer e valorizamos e expressamos o amor e o belo. A Vénus reflete a necessidade de nos identificarmos com os outros, de nos relacionarmos e obtermos equilíbrio na relação.

 

Significado de Vénus na Casa VIII

Quando Vénus natal se encontra localizada na Casa VIII e se encontra bem aspetada e/ou dignificada, o nativo terá tendência para ser sedutor e inflamado em termos sexuais.

Quando Vénus natal se encontra localizada na Casa VIII e se encontra mal aspetada e/ou dignificada, o nativo terá tendência para ser vingativo, ciumento e apegado ao dinheiro de forma compulsiva. Poderá ter ainda um comportamento sexual compulsivo.



Ruy Figueiredo

segunda-feira, 17 de junho de 2024

ASTROLOGIA. VÉNUS NA CASA VII (PARTE XI)

HOJE NOS DEBRUÇAREMOS SOBRE AS CARACTERÍSTICAS DOS NATIVOS COM VÉNUS NA CASA VII


Significado da Casa VII

A Casa VII é a primeira casa do Hemisfério Sul (Diurno ou Superior) que integra as casas coletivas ou sociais VII a XII. Enquanto as casas pessoais do Hemisfério Norte (Noturno ou Inferior) visam a expansão da consciência individual, as do Hemisfério Diurno, visam a expansão da consciência social. A Casa VII é, portanto, a primeira das casas coletivas ou sociais.

A objetividade e a vida exterior são mais importantes nas casas coletivas, enquanto, nas ditas pessoais, são mais acentuadas a subjetividade e a vida interior. Nas casas coletivas o indivíduo age em função do outro, enquanto nas casas pessoais, age em função de si próprio.

A cúspide da Casa VII (grau e signo que abre a Casa VII) é chamada de Descendente. Trata-se de uma singularidade do mapa muito importante e que é oposta ao Ascendente (cúspide da Casa I). O Ascendente é o ponto de consciência de cada um enquanto o Descendente representará o ponto de consciência do outro. O Ascendente será o ponto mais nascente, mais oriental, mais brilhante, mais luminoso e mais consciente do nativo enquanto o Descendente será o ponto mais ocidental, mais sombrio e mais inconsciente, precisando do outro para ser iluminado.

Enquanto na Casa I expandimos a nossa consciência através das iniciativas que tomamos, na Casa VII, ampliamos a nossa consciência através dos relacionamentos com os outros, e isto porque os relacionamentos funcionam como espelhos através do mecanismo da projeção.

 

Dinâmica da Projeção

Segundo Freud, a projeção é um mecanismo de defesa psicológico que faz com que determinada pessoa projete os seus próprios pensamentos, motivações, desejos e sentimentos indesejáveis numa ou mais pessoas. A projeção deste modo, faz com que as pessoas observem nos outros, as suas próprias caraterísticas reprimidas ou que não conseguem expressar conscientemente.

A pessoa sente-se inconscientemente atraída por alguém que apresente ou exprima naturalmente as suas caraterísticas pessoais reprimidas e rejeitadas.

Ao vivenciar a experiência relacional, a pessoa que projeta vai poder viver e até consciencializar-se das caraterísticas pessoais que não consegue exprimir. Deste modo, vai verificar-se uma expansão consciencial através do outro. É através do convívio com o outro que a pessoa vai aprender mais sobre si próprio.

Ora a Casa VII é o palco onde o teatro relacional decorre. Muitas vezes o primeiro passo para começarmos a saber o que de fato queremos é saber o que de fato não queremos. Ora, para isso, temos muitas vezes que experienciar coisas que à partida, gostamos, mas que depois verificamos não serem bem aquilo que desejávamos. Ganhamos consciência através dos relacionamentos. Deste modo, os nossos piores companheiros(as) relacionais podem bem ter sido, os nossos melhores mestres, no sentido de que, através deles (delas) pudemos ganhar um pouco mais de consciência de quem realmente somos e do que realmente queremos.

A Casa VII, como constatamos, é o grande palco de todo o tipo de relacionamentos, a saber:

a) Relacionamentos Afetivos

É a casa que reflete os relacionamentos sérios, que indica como nos relacionamos, o tipo de pessoas que atraímos, o que projetamos no outro e as características e "defeitos" do outro que não conseguimos enxergar em nós mesmos.

b) Relacionamentos Matrimoniais

É a casa onde está representado o primeiro casamento, o segundo filho, o cônjuge e a tendência para o divórcio.

c) Relacionamentos Societários

A Casa VII também reflete os agrupamentos societários empresariais, acordos, litígios, alianças, uniões e conflitos.

d) Relacionamentos Associativos

A Casa VII também é o palco para os relacionamentos associativos.

e) Relacionamentos de Amizade

Os amigos próximos, os inimigos declarados ou manifestos, as questões judiciais, as quebras de contrato por posicionamentos divergentes.

Os planetas localizados na Casa VII, por sua vez, também fornecem indicações sobre a qualidade das relações, ou seja, nomeadamente sobre:

a) As caraterísticas da relação

Por exemplo, Saturno na Casa VII pode indiciar que o nativo tem propensão para os relacionamentos baseados no dever e na obrigação, enquanto Marte revelará a tendência do nativo para batalhas relacionais tempestuosas, para se apaixonar à primeira vista ou para se casar rapidamente.

b) Os parceiros que atraímos

Enquanto a pessoa não tiver consciência do tipo de perfil de namorado(a) com quem deseja se relacionar, só atrairá alguém que seja a expressão pura negativa do(s) planeta(s) que se encontram localizado(s) na sua Casa VII. Deste modo, o outro vem fazer emergir a quem tem planetas na Casa VII, aspetos da personalidade do nativo que ele próprio desconhece. Por exemplo, uma mulher com Marte na casa VII terá propensão para numa primeira fase, sentir-se atraída por um homem assertivo, dominante e centrado em si mesmo que lhe dará ordens, gritando. Assim irá gradualmente incorporar o seu Marte. Quando já não conseguir tolerar esta situação, muito provavelmente, dará conta de que também tem direito a fazer exigências e terá enfim descoberto o seu Marte que existia velado em si própria.

 

 

Significado de Vénus

A Vénus rege a parte feminina, “yin” e passiva da pessoa. Quando Vénus está ligada a um planeta vai procurar incutir-lhe harmonia, entendimento, amor e equilíbrio. Este planeta rege os signos de Touro e Balança. Como regente do signo Touro, Vénus reflete os aspetos ligados ao amor físico e à posse de bens materiais. Como regente do signo de Balança, Vénus está associado aos aspetos éticos, estéticos e relacionais da vida.

De uma forma geral, Vénus reflete os seguintes comportamentos da vida humana:

a)       Como regente do signo de Touro

paixão, sexualidade, sensualidade, prazeres da vida, dinheiro, bens materiais

b)       Como regente de Balança

relacionamentos, amor, ternura, afeto, poder de atração, união, partilha, fraternidade, amizade, solidariedade, sociabilidade, afinidade, paz, suavidade, delicadeza, harmonia, equilíbrio, alegria, charme, encanto, sedução, beleza, sentido estético, talento artístico, intimidade, jovialidade.

 

Em síntese, Vênus reflete a forma como vivemos o prazer e valorizamos e expressamos o amor e o belo. A Vénus reflete a necessidade de nos identificarmos com os outros, de nos relacionarmos e obtermos equilíbrio na relação.

 

Significado de Vénus na Casa VII

Quando Vénus natal se encontra localizada na Casa VII e se encontra bem aspetada e/ou dignificada, o nativo terá tendência para ser amoroso, harmonioso, diplomático e encantador nas suas relações.

 

Quando Vénus natal se encontra localizada na Casa VII e se encontra mal aspetada e/ou dignificada, o nativo terá dificuldades para se relacionar de forma livre e estável e terá tendência para ser relacionalmente dependente.

 

Ruy Figueiredo


quarta-feira, 24 de abril de 2024

ASTROLOGIA. VÉNUS NA CASA VI (PARTE X)

HOJE ABORDAREMOS AS CARACTERÍSTI-CAS DOS NATIVOS COM A  VÉNUS NA CA-SA VI


VÉNUS NA CASA VI

 Significado da Casa VI

A Casa VI é regida por Mercúrio e Virgem é o seu signo natural. Trata-se de uma casa de terra. As casas de terra têm a ver com o trabalho, serviço e realização. Enquanto a Casa II (Touro) tem a ver com as ferramentas, valores e dotes que trazemos ao mundo e que podem ser desenvolvidos e postos em prática (o que é que eu valho?), a Casa VI tem a ver com o trabalho concreto que se pode produzir (o que é que eu faço?) e a Casa X representa a área onde podemos atingir a máxima realização social e profissional (qual o meu poder?). 

A Casa VI é a última casa do Hemisfério Norte também conhecido por Noturno ou Inferior e que engloba as casas pessoais (I, II, III, IV, V e VI). Nestas casas o nativo age em função de si mesmo, ou seja, ainda não “enxerga” o outro, pois o propósito destas casas é somente a obtenção da consciência individual.

A Casa VI está entre a Casa V (Leão, ego, criatividade) e a Casa VII (Balança, o outro, os relacionamentos), ou seja, está entre a casa da máxima individualidade e a casa do início da consciência da importância do outro. Ora para começarmos a dar importância ao outro, temos de aperfeiçoar a nossa personalidade e aprender que não somos nós que somos importantes (Leão) mas sim aquilo que fazemos e realizamos para os outros (tarefa, trabalho, serviço). O serviço é maior do que nós próprios.

Deste modo, a Casa VI consubstancia uma espécie de humilhação e purificação e daí estar associado ao signo de Virgem (Virgem Maria). De facto, é preciso purificar o ego, dissolvê-lo (humilhação) para que o nativo possa estar à altura da Casa VII (o outro). Mas entenda-se “dissolução do ego” na perspetiva do seu aperfeiçoamento e não do seu aniquilamento. A pessoa pode continuar a ter a sua identidade e individualidade, mas tem de compreender que não é ela a mais importante, mas sim o seu contributo para os outros. Portanto deveremos entender “purificação” mais no sentido do aperfeiçoamento da consciência individual.

A Casa VI é a casa da organização, técnicas, práticas, procedimentos e métodos de trabalho e também dos bons hábitos de vida, higiene, nutrição, saúde, doenças, aperfeiçoamento pessoal, deveres, responsabilidades, rotina diária e animais de estimação.

A rotina diária prende-se com diversos assuntos tais como o trabalho, as refeições, o padrão de sono, o cumprimento de horários, a higiene pessoal.

 

 

Significado de Vénus

A Vénus rege a parte feminina, “yin” e passiva da pessoa. Quando Vénus está ligada a um planeta vai procurar incutir-lhe harmonia, entendimento, amor e equilíbrio. Este planeta rege os signos de Touro e Balança. Como regente do signo Touro, Vénus reflete os aspetos ligados ao amor físico e à posse de bens materiais. Como regente do signo de Balança, Vénus está associado aos aspetos éticos, estéticos e relacionais da vida.

De uma forma geral, Vénus reflete os seguintes comportamentos da vida humana:

a)       Como regente do signo de Touro

paixão, sexualidade, sensualidade, prazeres da vida, dinheiro, bens materiais

b)       Como regente de Balança

relacionamentos, amor, ternura, afeto, poder de atração, união, partilha, fraternidade, amizade, solidariedade, sociabilidade, afinidade, paz, suavidade, delicadeza, harmonia, equilíbrio, alegria, charme, encanto, sedução, beleza, sentido estético, talento artístico, intimidade, jovialidade.

Em síntese, Vênus reflete a forma como vivemos o prazer e valorizamos e expressamos o amor e o belo. A Vénus reflete a necessidade de nos identificarmos com os outros, de nos relacionarmos e obtermos equilíbrio na relação.

 

Significado de Vénus na Casa VI

Quando Vénus natal se encontra localizada na Casa VI e se encontra bem aspetada e/ou dignificada, o nativo terá tendência para ter muito cuidado com a sua saúde e, no trabalho, tenderá a desenvolver relações diplomáticas e equilibradas com os seus colegas. No geral, são pessoas minuciosas e organizadas. Gostam da rotina e  não gostam de ser apressadas. Gostam de animais domésticos.

Quando Vénus natal se encontra localizada na Casa VI e se encontra mal aspetada e/ou dignificada, o nativo terá tendência para ser muito minucioso, controlador, crítico e teimoso.

 

Ruy Figueiredo