A. OS DUQUES
a) O
número “2” corresponde à alma. É yin, sensitivo, recetivo. Medita, interioriza. Simboliza a dualidade, a atitude reflexiva. O número "2" é também diplomático, conciliador, tem tato e capacidade de ver os dois lados da questão;
b) Os duques têm a tónica do número "2" (Papisa, Justiça,
Julgamento);
c) Os duques representam situações
duais (princípios opostos e complementares que ora se
atraem,
ora se repelem) que têm
que ser equilibradas ou integradas.
DUQUE
DE PAUS
a) A potência do Ás
de Paus (energia pura) está aqui nas mãos de alguém, pronta para ser posta
em uso;
b) O que estava como oportunidade ou
potencial com o Ás de Paus, começa com o Duque de
Paus a projetar-se para desenvolvimento.
A energia (fogo) que estava direcionada no Ás (apenas
com uma direção)
polariza-se no Duque, surgindo a dualidade (instinto – liberdade versus razão
–
autocontrolo). Esta divisão tem que ser resolvida. Deve-se seguir o instinto ou a
razão. É da
reflexão que nasce a decisão;
c) O personagem (homem rico), do terraço da sua propriedade, tem na mão direita um globo
(mundo que quer conquistar) e um pau na mão esquerda (o que pretende) e
olha para a água, para
o horizonte (direção da aventura). Ou seja, parece que está decidindo se deve contentar-se com
o que já conquistou (pau fixo por detrás das suas costas),
ou se deve partir em busca de mais
conquistas (como é natural do naipe de
Paus). A dicotomia do "2" se manifesta aqui como as
duas opções. A
tónica do número "2" (Papisa, Justiça ou Julgamento) no Duque de Paus
está
refletida nesta dicotomia;
d) Esta carta significa autoridade,
capacidade de realização e poder. O consulente controla e é
capaz de decidir os rumos de uma questão. O Dois de Paus é
poderoso, ativo e capaz;
e) O lado sombra desta carta é o
autoritarismo, ou seja, o consulente pode estar a querer
mandar de mais ou
talvez esteja a forçar uma situação.
DUQUE
DE ESPADAS
a) No Ás de Espadas a mente (pura) está
calma, com discernimento e apaziguada. No Duque a mente foi posta em movimento,
criou pensamentos e ideias opostas e assim surgiu a dualidade mental e
consequentemente a inquietação da mente;
b)
A personagem está de olhos
vendados, sentada de costas, numa postura algo rígida, para o mar calmo e para
o quarto crescente lunar (ambos representando o equilíbrio, pacificação ou
serenidade no plano das emoções). Tem duas espadas elevadas (está pronta a
atacar). De fato, há uma dualidade que tem que ser enfrentada (impasse). Ela
está dividida entre ouvir a voz das emoções ou da razão (espadas) e tomar
partido por uma das duas;
c)
O Duque de Espadas anuncia algum
tipo de problema;
d) O Duque de Espadas pode também indicar
uma personalidade compulsivamente conciliadora (talvez devido à sua insegurança
interna);
e)
Esta carta pode indicar que a
pessoa está a bloquear as suas emoções e a rejeitar o mundo por ter sido vítima
de uma desgraça. Em geral esta carta diz que não estamos dispostos a aceitar
uma verdade sobre nós próprios ou sobre uma dada situação;
f)
O lado sombra desta carta pode indicar
uma doença psíquica, um bloqueio emocional, uma atitude defensiva ou um coração
fechado que não se consegue abrir;
g) Esta carta significa: "Que
opção tomar?". Pode-se observar, claramente nesta carta, a tónica do número
"2".
DUQUE
DE OUROSA
a) Nesta carta vemos um mercador que
faz malabarismos com 2 pentáculos, fazendo-os percorrer o símbolo do infinito
(ele pode lidar com qualquer problema que aparecer). Eles ora baixam ora sobem,
exatamente como as ondas do mar por detrás e exatamente como as suas duas pernas;
b)
Esta carta representa a dualidade
na vida material, ou seja, os seus altos e baixos. Exemplo (pessoa que joga na
bolsa e que umas vezes ganha e outras, perde);
c)
Esta carta indica também que a pessoa
pode lidar e fazer malabarismos com todos os seus problemas;
d)
Esta carta indica que a pessoa
deve ser flexível e compreender a necessidade de mudança, dado que a mudança é a base
da estabilidade. Aquilo que muda e que sabe adaptar-se aos novos tempos,
permanece enquanto aquilo que rigidamente tenta manter-se estático, cristasliza e parte-se. A
pessoa deve ter a abertura suficiente para aceitar a mudança necessária, ou
seja, a pessoa deve permanecer numa
situação de flexibilidade e aceitação para
conseguir resolver rapidamente os problemas que lhe irão aparecer;
e)
O homem no entanto, parece que
está a divertir-se, tendo um pé apoiado no chão e o outro no ar. Tal significa
que tem capacidade para lidar com os altos e baixos da vida material. Esta
carta pode representar também alguma instabilidade material.
DUQUE
DE COPAS
a) A emoção pura do Ás é polarizada
no Duque, onde a dualidade a integrar e a resolver é masculino versus feminino.
Procura-se a concórdia e a harmonização afetiva;
b) Esta carta representa a união
afetiva (pergunta desta natureza), harmonia e concórdia (pergunta de outra
natureza). No entanto se estiver afligida por um arcano maléfico (Lua, Torre,
Diabo, etc.) poderá significar problemas nas uniões afetivas ou de outra
natureza;
c) É
uma carta com um simbolismo muito relacionado com a auto-estima, atração
sexual, uniões amorosas e sensações carnais.
É uma carta muito parecida com a carta "Os Enamorados" muito embora
não tenha um impacto tão profundo;
d) Na parte superior da carta visualiza-se o despertar da energia de Kundalini e consequente iluminação e liberdade (asas). As duas serpentes representam as duas glândulas, pineal e pituitária. Quando integramos as nossas polaridade, masculina e feminina, através do AMOR, conseguimos transcender a separatividade ou o amor no manifestado e atingimos o AMOR ou estado UNO.
Ruy Figueiredo
Sem comentários:
Enviar um comentário