ASTROLOGIA. PLUTAO VÉNUS (PARTE XVIII)

HOJE IREMOS FALAR DAS CARATERISTICAS DOS NATIVOS QUE NASCERAM COM O PLUTÃO LIGADO OU EM ASPETO À VÉNUS

Significado da Vénus

Vénus traduz a capacidade de identificação com uma outra pessoa que de alguma forma valorizamos e que entendemos que pode ampliar a consciência de nós próprios. Vénus é regida por Balança que é um signo de ar, um signo mental. De fato, embora não pareça, amar é um ato mental, no sentido em que implica percebermos porque é que nos identificamos com uma outra pessoa, porque que é que a valorizamos como um espelho digno de nós e digno de nos devolver aquilo que sabemos e aquilo que ainda não sabemos de nós. O outro está ali para isso. 

Significado de Plutão

O Plutão representa a nossa parte irracional, instintiva, compulsiva, animal, subterrânea, inconsciente e violenta em termos psíquicos, que obsessivamente projetamos sobre qualquer coisa ou pessoa, criando dependências para se sentir seguro. O Plutão vai querer controlar sempre o planeta ao qual está ligado, vampirizando-o e esperando, que de alguma forma se possa compensar instintivamente através desse planeta. Ao controlar, sente-se seguro.

Significado de Plutão/Vénus

Se no mapa natal Plutão está aspetado, ligado, em contato, a fazer aspeto com Vénus, à partida, essa Vénus irá adquirir uma carga instintiva, passional e violenta, sobretudo nos aspetos desarmónicos. Como Plutão reflete o desejo compulsivo e instintivo de segurança emocional, o nativo projeta para cima do outro, toda a sua carga psíquica, instintiva, violenta e obsessiva de satisfação emocional e espera que o outro lhe devolva aquilo que ainda não tem. De alguma forma, Plutão vai transformar o outro no objeto de satisfação das suas necessidades emocionais. Ora quem nasce com esta "marca" é porque decidiu antes de encarnar, que nesta vida teria de libertar-se dessa carga instintiva que o faz ligar-se ao outro, de uma forma irracional, possessiva, violenta e controladora. Estas pessoas só conseguem ir ao fundo de si mesmas através do outro e através das experiências dolorosas que a relação com o outro lhes proporcionarão. Através dessas experiências a Vénus morrerá, regenerar-se-á, transformar-se-á e deste modo, o nativo ficará livre das compulsões que transporta. No entanto, como estas pessoas pensam, de forma equivocada, que só através do outro é que se poderão completar, elas não vão querer largar o outro. De fato, no inconsciente dessas pessoas o outro está ali para satisfazer as suas necessidades emocionais e para de alguma forma, lhes dar ou devolver segurança emocional. No geral, estes nativos, em vidas passadas, experienciaram relações dolorosas que terminaram violentamente e nesta vida, não querem voltar a passar pelo mesmo, não querem voltar a passar por aquele sentimento de impotência de ter que aceitar não poder ter, possuir e controlar o outro. Este receio faz com que nesta vida tenham um comportamento relacional muito compulsivo, obsessivo e instintivo. Numa primeira fase de vida, estes nativos vão apenas gostar de quem gosta deles para poderem ligar-se e continuarem ligados ao outro, sem sofrer, sem dor, sem perca e sem riscos. E esta postura permanecerá até ao dia em que surgir uma experiência passional violenta que acordará o padrão Plutão Vénus e que os fará perder o pé e sentir toda a carga obsessiva que está dentro deles, carga essa que será então projetada, canalizada para o outro. E então aí não vão querer perder e largar o outro de maneira nenhuma. O drama é quererem que os outros os satisfaçam e no fundo não estão com eles. Estas pessoas estão com o outro apenas pela sua dor e para obterem segurança emocional. As pessoas com Plutão Vénus atraem relações que à partida já estão condenadas ao fracasso.

PLUTÃO LIGADO POSITIVAMENTE À VÉNUS

Se o aspeto for um trígono ou um sextil (mais para o trígono) haverá intensidade emocional e não haverá drama, discussão e violência. O processo de transformação da Vénus, da área relacional do afeto vai ser feito de uma forma progressiva. Dá pessoas que com o tempo vão regenerando o amor, transformando um amor passional num amor consciente, inteligente. A Vénus vai aprendendo com o tempo a perder a sua compulsão e a ganhar sabedoria. Uma Vénus ligada a Plutão dá sempre intensidade, dá sempre relações intensas, mesmo nos bons aspetos.

PLUTÃO LIGADO NEGATIVAMENTE À VÉNUS

Se há um mau aspeto (conjunção, quadratura ou oposição) vai haver implosão, tensão e depois essa mesma implosão vai gerar cataclisma e consequentemente a transformação, morte, regeneração. Os nativos com Plutão Vénus dissonante estão contra o processo de transformação. Eles sofrem de compulsão amorosa. Nas quadraturas dá amores dramáticos, paixões condenadas à destruição. A pessoa está prisioneira de uma memória qualquer de perca e não consegue fluir emocionalmente, ou seja, a sua energia venusiana  está bloqueada. Tem medo de voltar a amar porque não quer ser novamente confrontada com a morte e com a perda. As pessoas Plutão Vénus, numa relação querem dominar e controlar permanentemente o outro. O amor é vivido como prazer do poder. Dá permanente frustração emocional e atrai situações amorosas dramáticas e impossíveis. As quadraturas levam as pessoas a viver situações relacionais de elevada intensidade. A Vénus alquimizada, regenerada e transformada já reconhece que amar não é viver uma carência ou um vazio mas, antes pelo contrário, é viver a plenitude, é não depender do outro, é não querer controlar o outro, é sentir que se tem capacidade para ser o garante da própria segurança emocional e não precisar de alguém que nos alimente. 

Ruy Figueiredo

ASTROLOGIA. PLUTÃO MERCÚRIO (PARTE XVII)

HOJE IREMOS FALAR DAS CARATERÍSTICAS DOS NATIVOS QUE NASCERAM COM O PLUTÃO LIGADO OU A FAZER ALGUM ASPETO A MERCÚRIO 



Significado de Mercúrio 

O Mercúrio é o planeta cuja função psicológica associada tem a ver com a necessidade de percebermos a realidade. Mercúrio representa a a capacidade que todos nós temos de através do plano mental, buscar informação, recolher dados. Esta informação, estes dados, permitem entender o mundo dos fenómenos do meio ambiente e a realidade onde vivemos e comunicá-la através da linguagem escrita ou verbal. Mercúrio tem a ver com a mente analítica, racional, lógica e dedutiva. Mercúrio indica a capacidade de abstração, interrogação e entendimento. 

Significado de Plutão

O Plutão representa a nossa parte irracional, instintiva, compulsiva, animal, subterrânea, inconsciente e violenta em termos psíquicos, que obsessivamente projetamos sobre qualquer coisa ou pessoa, criando dependências para se sentir seguro. O Plutão vai querer controlar sempre o planeta ao qual está ligado, vampirizando-o e esperando, que de alguma forma se possa compensar instintivamente através desse planeta. Ao controlar, sente-se seguro.

Significado de Plutão/Mercúrio

Quando Plutão toca Mercúrio, a mente torna-se intensa, ou seja, a capacidade mercuriana é ativada de forma profunda e intensa, e deste modo, o Mercúrio torna-se psíquico, escorpiónico. 

Com Plutão Mercúrio a mente passa a estar associada ao poder (poder da mente, da informação e da comunicação), ou seja, o Plutão usa o seu poder através das capacidades mentais. O nativo sente uma elevada compulsão para recolher cada vez mais informação. A  pessoa funciona como se fosse uma base de dados. A pessoa vai querer aceder a cada vez mais dados, mais informação, do que quer que seja e dá aquele tipo de pessoa que sabe um pouco de tudo. A segurança emocional do Plutão, nestes casos, reside na quantidade de informação que durante a vida poderá recolher. As pessoas Plutão Mercúrio não param de pensar e pensam rápida e compulsivamente. Como a segurança emocional está ligada à informação recolhida, a pessoa, a partir de certa altura, para se defender, vai identificar-se com aquilo que sabe e vai agir como se tivesse sempre razão. Ao mesmo tempo associa poder ao que sabe e sente que a sua identidade é ameaçada sempre que alguém não concorde com ela. As pessoas Plutão Mercúrio têm capacidade de convencer pois sentem-se fortes e poderosas quando conseguem alterar a forma de pensamento dos outros, ou seja, quando conseguem alterar os outros pela via da informação e da comunicação. Vão buscar sempre mais um argumento para convencer os outros de que têm sempre razão. Assim qualquer discussão transforma-se numa batalha para ver quem ganha. É claro isso é assim enquanto o Plutão não estiver transformado, alquimizado, regenerado. O Plutão branco, não tenta mais convencer o outro.

Ligação desarmónica

Neste caso, a mente é utilizada como arma de poder. Dá pessoas muito críticas, com quem não se pode falar pois pensam que têm sempre razão. Dá pessoas que utilizam a expressão verbal escrita ou oral como arma instintiva de competição.

Ligação harmónica

Neste caso, dá pessoas com mentes muito profundas e poderosas que se interrogam e vão ao fundo das coisas até as perceberem. 

Ruy Figueiredo

ANIVERSÁRIO DO 1º ANO DO BLOGUE

1º ANO DO BLOGUE GRANDE CÍRCULO DE TAROT E ASTROLOGIA

CAROS LEITORES É COM PRAZER QUE ANUNCIO QUE NO PASSADO DIA 25 DE NOVEMBRO, ESTE BLOGUE COMPLETOU UM ANO DE EXISTÊNCIA.

CERCA DE 55 ARTIGOS FORAM PUBLICADOS VERSANDO O TAROT E A ASTROLOGIA E MAIS DE 7000 PESSOAS ACEDERAM AO BLOGUE.

ESPERO QUE OS ARTIGOS POSTADOS TENHAM TRAZIDO ALGUM CONTRIBUTO PARA A VOSSA EXPANSÃO CONSCIENCIAL.

BEM HAJAM

RUY FIGUEIREDO

ASTROLOGIA. PLUTÃO LUA (Parte XVI)

HOJE IREMOS FALAR DAS CARATERÍSTICAS DO PLUTÃO LIGADO À LUA

Significado da Lua

A Lua representa uma espécie de vazio que é preenchido quando temos alguém que nos alimente emocionalmente. Quando esse vazio está cheio, sentimo-nos seguros emocionalmente. A Lua representa o que em nós recebe e o que em nós sente. A Lua remete para o passado, para a criança, para a infância e para o conjunto de emoções que presidiram à construção do corpo emocional. A Lua representa o estado mais imaturo e inconsciente das emoções.

Significado de Plutão

O Plutão também é o planeta da segurança emocional e representa a nossa parte irracional, instintiva, compulsiva, animal, subterrânea, inconsciente e violenta em termos psíquicos, que obsessivamente se projeta sobre qualquer coisa, criando dependências para se sentir seguro. O Plutão vai querer controlar sempre o planeta ao qual está ligado, vampirizando-o e esperando, que de alguma forma se possa compensar instintivamente através desse planeta. Ao controlar, sente-se seguro.

Significado de Plutão/Lua

Quando Plutão toca a Lua, toda a carga violenta, inconsciente e obsessiva de Plutão liga-se, projeta-se sobre a Lua.  O nativo sente com este aspeto uma enorme insatisfação emocional e vai querer compensar-se ao nível das emoções para conseguir não estar insatisfeito e inseguro do ponto de vista emocional. Deste modo, estes nativos, duma maneira inconsciente, precisam de se sentirem seguros emocionalmente. 

Ligação desarmónica

Se a ligação for desarmónica, isto é, se a pessoa nasceu com um mau aspeto de Plutão à Lua, isto pode indiciar que alguma coisa de violento e traumático aconteceu durante a formação do corpo emocional. Qualquer coisa aconteceu que não permitiu a criação de um corpo emocional robusto. Deste modo, o nativo, sentirá que está refém duma necessidade terrível de alimento emocional e dum sentimento que não a tem e de que nunca a irá ter. Sendo assim, a pessoa com este aspeto tem este sentimento de segurança por resolver e consequentemente irá adotar, na sua vida, comportamentos de defesa emocional. No fundo, essa "criança " acha que nunca lhe dão a atenção suficiente. O drama é que estes nativos têm que resolver esta dependência emocional, ou seja, têm que conquistar neles próprios a segurança emocional e apesar disso, vão atrair situações de dependência emocional, que mais cedo ou mais tarde acabam ou das quais não se conseguem libertar, sentindo-se presos e estagnados. Lembremo-nos que o Plutão num mau aspeto resiste à transformação que ele próprio deseja que se concretize. Estas pessoas não aceitam que são inseguras e frágeis do ponto de vista emocional e por isso precisam de ter alguém para se sentirem seguras e fortes. E portanto irão ter comportamentos de controlo e de manipulação sobre o outro, para poderem sentir-se seguras. Mas com Plutão nada se passa que não seja de forma violenta e mais cedo ou mais tarde estas pessoas irão experienciar a morte desse padrão. Normalmente este padrão mantém-se até ao dia em que por um motivo qualquer o outro desaparece das suas vidas. Nessa altura sentem a morte, pois não têm a quem se agarrar e aí terão de assumir a sua fragilidade e a carência que ainda lá estava por resolver. E então a partir dessa dor pode nascer a verdadeira segurança emocional, ou seja, o Plutão poderá transformar-se, regenerar-se ao transformar a Lua, planeta em que toca. Os Plutões Lua dependem, no fundo da dependência dos outros. Eles estimulam a dependência dos outros e assim sentem-se acompanhados e seguros. 

Ligação harmónica

Se o Plutão estiver em contato com a Lua de uma forma harmónica (trígono ou sextil) o processo de regeneração é feito de forma mais gradual e contínua e o nativo não resiste à transformação. Não deixa de ser um processo violento só que não é tão doloroso como nas ligações desarmónicas (quadratura, oposição, conjunção).  

Ruy Figueiredo

ASTROLOGIA. PLUTÃO SOL (Parte XV)

HOJE IREMOS COMEÇAR A ABORDAR O SIGNIFICADO DO PLUTÃO QUANDO ESTÁ LIGADO OU EM ASPETO COM OS DIVERSOS OUTROS PLANETAS


Quando há um aspeto entre dois Planetas é sempre o mais lento que vem trabalhar o mais rápido. Os planetas lentos (transcendentes, transpessoais, impessoais, geracionais) são o Plutão Á, Netuno Àe Urano  ¿. Estes planetas no tema natal de uma pessoa têm a ver com a dinâmica do seu processo evolutivo. 

Quando Plutão toca num planeta isso significa que o planeta adquire a voltagem correspondente aos 1000 volts de Plutão. 
Num bom aspeto isso significa que o planeta regenera, se transforma, se alquimiza de forma natural, suave, gradual e sem resistência, ou seja, o o planeta tocado deixa-se ir nas "mãos" de Plutão  e flui, de acordo com as suas necessidades evolutivas. Portanto a evolução não se opera de forma drástica. 
Num mal aspeto, não é assim, pois o planeta tocado resiste pois não quer ser transformado, não quer mudar, não quer morrer. Deste modo, a regeneração dá-se através da experienciação de situações drásticas, cataclísmicas que o próprio nativo vai atrair para a sua vida. A pessoa resiste mas depois o Universo "tira-lhe o tapete" e a pessoa vai ser levada a vivenciar no limite situações relacionadas com a função psicológica do planeta tocado por Plutão. Ora Plutão é intenso, obsessivo, escorpiónico, instintivo, abissal, animal, irracional e ao tocar num planeta, num aspeto harmónico ou dissonante, confere a esse planeta esta tónica, ou seja, o planeta tocado vai refletir a intensidade do Plutão. É como se o planeta tocado estivesse em Escorpião ou na Casa VIII. Ora a pessoa vive o planeta tocado de forma obsessiva, manipuladora, prepotente e com medo e não quer abandonar essa postura. No entanto, o Universo exige que a pessoa se regenere e vai operar nesse sentido, apesar de a pessoa não o querer. Então, tira-lhe o tapete e a pessoa fica impotente e sem poder. A sua consciência é ampliada e desse modo, acontece a transformação, ou seja, a pessoa morre para a prepotência com que habitualmente vivia o planeta tocado, ou melhor, a função psicológica associada a esse planeta. Tudo isto se passa porque o Plutão quer evoluir, mas como tem medo,resiste à evolução que ele próprio deseja. Qualquer planeta ligado a Plutão vai passar por esse processo. Há uma primeira fase completamente inconsciente e irracional que corresponde ao medo. Esse medo é traduzido por um enorme sentimento de ameaça e por um enorme instinto de sobrevivência que são afinais os responsáveis pelo fato da pessoa sentir necessidade de ser poderosa e de controlar sempre uma situação. Onde está Plutão está a obsessão da pessoa, está a sua focagem máxima. 

Vejamos agora, o que se passa quando Plutão está ligado a cada um dos outros planetas.

PLUTÃO ASPETANDO O SOL
Esta ligação confere ao nativo enorme capacidade de afirmação e força pois os 1000 volts de Plutão ativam o planeta do ego, da identidade, da vontade e da consciência. 

Num bom aspeto (trígono ou sextil) a pessoa não irá resistir à transformação, redefinição e ampliação da sua consciência e identidade e essa transformação se processará de forma gradual, contínua e suave. Nos aspetos tensos (conjunção, oposição, quadratura), como já referido, a transformação ocorrerá de forma cataclísmica. A pessoa não vai a bem, vai a mal. 

Plutão Sol em conjunção

Este aspeto confere aos nativos muita energia, força física, vontade e focagem. Dá pessoas muito voluntariosas.  Os nativos com este aspeto sentem uma enorme luta interior e manifestam um padrão inconsciente de serem eles próprias. Querem mandar, controlar e tudo fazem para não serem dominados. Quando este aspeto é ativado, por exemplo, por alguém que coloca a pessoa em causa, essa pessoa sente-se ameaçada e tudo faz para recuperar o ego ferido, muitas vezes através de explosões temperamentais ou de manipulação subtil. De fato, a pessoa quer sentir-se sempre o centro das atenções e quer sempre que os outros lhe devolvam um feed-back favorável. 
A morte desse ego acontece quando a pessoa reconhece de forma consciente que não pode continuar a identificar-se com o poder e que não pode continuar a precisar de aplausos e reconhecimento. 

Plutão Sol em oposição

Neste aspeto o nativo querer controlar, manipular e dominar o outro. A luta de poder consiste em fazer crer ao outro que sou mais poderoso. A pessoa tem uma personalidade bastante forte é é muito emocional. No geral, os seus relacionamento são muito tensos pois a pessoa quer, de forma obsessiva, que o outro aceite os seus pontos de vista.

Plutão Sol em quadratura 

Com este aspeto o nativo torna-se um ser muito prepotente. Tem uma personalidade muito forte e dominante e quer impor a sua vontade aos outros. 

Ruy Figueiredo

ASTROLOGIA. PLUTÃO NA CASA XII (PARTE XIV)

Hoje iremos terminar os artigos sobre Plutão nas Casas astrológicas

A casa XII é uma casa de vida interior, uma casa psíquica, uma casa de água, uma casa cármica, uma casa de iniciação. A Casa XII é a casa da dissolução do ego, do silêncio interior, do fundo da alma.  A Casa XII é um abismo, é a dimensão mais funda do ser, é a dimensão arquetípica, é a dimensão onde nascem as memórias de totalidade. A Casa XII representa a área de vida onde a pessoa terá que se recolher e pacificar, onde terá que se encontrar com a "VIDA". Todos nós temos capacidade de de nos ligarmos à "VIDA", através de uma processo interno, através da experienciação da vida interna . Mais cedo ou mais tarde iremos compreender que é uma ilusão projetarmo-nos no exterior com a expetativa de que o exterior nos devolva a paz, o amor e a tranquilidade que a nossa alma anseia desde que a "separação" se deu. Todos nós temos capacidade para, independentemente do que se passa no exterior, estarmos sempre bem. Temos que compreender que temos que estar "cá" com uma atitude diferente que é a de não nos projetarmos no exterior como se o exterior fosse a solução da nossa existência.  Quem tem a Casa XII ativada, mais cedo ou mais tarde irá atrair situações de vida que não pode alterar ou mudar, ou seja, o exterior vai-lhe devolver situações que não pode controlar, que tem que aceitar, às quais terá que dizer "sim". Se não se pode alterar aquilo que a Casa XII devolve, só resta à pessoa aceitar de forma incondicional o que lhe está a acontecer e deste modo, não vale a pena a pessoa se revoltar porque não adianta. A pessoa tem é que "mergulhar" dentro de si e ligar-se à "VIDA" a partir daí. A pessoa "cá fora" pode até ter uma doença, estar preso, ter-lhe morrido um ente querido, ou estar a viver uma outra situação grave qualquer. Enquanto ela permanecer ligada ao exterior e identificar a vida com o que se passa no exterior, aquilo que experiencia cá fora não será vida, pois não faz sentido perdermos pessoas, não faz sentido sofrermos. Mas se a pessoa mudar a sua atitude em relação à situação, se a aceitar, então poderá perceber que ainda tem a capacidade de se ligar "VIDA" apesar da situação grave exterior. Não é fácil. Quanto maior for o problema exterior, maior o trabalho interior que terá que ser realizado. Só uma grande atitude interior é que pode fazer com que a pessoa fique em paz.

No geral, as pessoas que têm muitos planetas na Casa XII escolheram nesta vida experienciar situações gravíssimas, para que através do sofrimento por elas provocado, possam começar a dissolver, diluir e negar o seu ego. A vivência das experiências dolorosas da Casa XII permitirá a compreensão de que "TODOS SOMOS UM" e que cada um de nós é afinal uma pequena gota de energia no enorme mar cósmico em que vivemos. Na Casa XII recebemos da “VIDA” na proporção do que abrimos para ela. 

O Plutão é o planeta do desejo e como sabemos, onde há desejo, ainda há obsessão, e consequentemente, intranquilidade.Sempre que temos uma coisa ficamos logo com medo de a perder e depois queremos outra. De fato, é muito difícil estarmos bem. Nós não podemos tirar os problemas da vida. O que podemos é desenvolver uma atitude interior diferente para com esses problemas. A "VIDA" cuida de nós e nós só temos de estar na "VIDA" que ela traz-nos e tira-nos o que tiver que ser trazido e tirado. A postura com que nós estamos nas coisas sem perder o nosso centro, no fundo sem perder a nossa ligação à "VIDA" é mais importante do que as coisas em si. 

Os nativos com Plutão na Casa XII têm um desejo consciente de ir buscar conhecimento espiritual porque no fundo já tinham aquele desejo de eliminar tudo que lhes poderia impedir de “abrir os braços” para a “VIDA”. As energias de Casa XII têm que sair como forma de serviço e dádiva ao mundo. Se não saem dessa forma o nativo com Plutão na Casa XII, vive-o de forma implodida e com frustração. O medo do Plutão na Casa XII é o medo de abrir para a memória do "TODO". Portanto é um Plutão difícil. A pessoa tem medo de se entregar totalmente, resiste.Não se rende mas tem que se render. Com Plutão na Casa XII , a pessoa nunca diz “SIM”, diz sempre um “Não”. Mas há um momento em que a vida a vai obrigar a perder esse fogo e a se entregar totalmente.

Ruy Figueiredo

ASTROLOGIA. PLUTÃO NA CASA XI (PARTE XIII)

NESTA POSTAGEM CARATERIZA-SE O PLUTÃO LOCALIZADO NA CASA XI DE UM TEMA ASTROLÓGICO

A casa XI é a casa dos grupos, das associações, dos amigos, dos projetos. A Casa XI traduz a necessidade das pessoas se juntarem a outras com as quais partilham os mesmos ideais e ideias, para juntos, mudarem, transformarem o Mundo. É uma casa de transformação social. Nesta casa o nativo procura as pessoas que têm a ver com ela, com as quais sente que têm uma qualquer identificação que valoriza. É a casa do Aquário, do Urano. A Casa XI representa as ideias que podem gerar a transformação do mundo. É a Casa da Fraternidade, Igualdade e Liberdade. 

Onde residirá a compulsão, obsessão de um Plutão de Casa XI? Evidentemente que será ao nível dos grupos que esse Plutão exercerá a sua manipulação, ou seja, será através dos grupos, das pessoas, dos amigos e das ideias grupais que os nativos exercerão, de forma indirecta o seu poder. De fato, estas pessoas já não conseguem ser plutónicas sozinhas mas apenas quando integradas num grupo. Por exemplo, poderão ser capazes de defender um partido de uma forma completamente obsessiva. Como se depreende, há neste Plutão, como que uma espécie de transferência, no sentido de que já não é o ego que é importante mas sim o grupo. No geral, estas pessoas pertencem a uma equipe ou a um partido, mas no fundo, a obsessão e o poder manifestam-se indirectamente através das pessoas ou amigos, sobre os quais exercem poder ou são obsessivos. Há uma necessidade compulsiva de controlar de forma indirecta os amigos, os grupos. No entanto, o equívoco é a pessoa pensar que está a defender uma causa mas, o que está mesmo a fazer é afirmar-se a si própria, através daquela causa. Para estas pessoas o grupo ou grupos com que se identificam fornecem a segurança emocional que compulsivamente procuram. Daí a necessidade de controlarem as pessoas. 

Lembrar que estes processos numa primeira fase, são sempre inconscientes e portanto o nativo não se apercebe que os tem e negará que os tem se confrontado. A casa oposta à Casa XI é a Casa V. É nesta casa, portanto, onde o Plutão de Casa XI será resolvido. A pessoa com Plutão na Casa XI investe tanto nos grupos, nas ideias e nos ideais que se esquece de si própria, esquece-se de mudar-se a si própria e de melhorar a sua identidade (Casa V). Portanto, a morte e regeneração do Plutão situado na Casa XI vai catapultar o nativo para ter coragem para se assumir sozinho, para se assumir sem ser através de um grupo. 

Normalmente, a regeneração ocorre quando estas pessoas se desiludem com o grupo com o qual se identificaram ou investiram (partido político, clube desportivo, grupo lúdico, etc.). A evolução natural e divina exige que a pessoa comande a sua vida  e que se transforme de acordo com a sua essência. Se a canalização é feita para os os grupos, a própria pessoa não se muda. 

E por isso vão aparecer grupos, por isso vão atrair grupos com os quais se identificam e que depois as irão desiludir para que elas deixem de se canalizarem para aqueles grupos de forma compulsiva como se dos mesmos, dependesse a sua segurança emocional. A segurança reside sempre nelas próprias e é isso que têm que vir a aprender.

Ruy Figueiredo

ASTROLOGIA. PLUTÃO NA CASA X (PARTE XII)

Nesta postagem serão analisadas as caraterísticas principais das pessoas com Plutão na Casa X.

A Casa X representa o coletivo, a sociedade, a carreira, a profissão, o "status", a mãe, o pai, a família. É a casa mais alta, é a casa da máxima realização. É uma casa de Terra, é a casa do Capricórnio e do Saturno. 
Para o Plutão na Casa X, o inimigo é a sociedade, no sentido de que a pessoa se afirma sobre a sociedade para se sentir segura (Flávia Monsaraz). Como sabemos, o Plutão onde se encontra, é onde se sente mais inseguro, onde tem mais medo e onde aparentemente tem mais força, ou seja, o Plutão é aparentemente mais forte onde tem mais fragilidade, sendo através do poder que projeta que emocionalmente se sente mais seguro. É claro, que isto se processa ao nível inconsciente e deste modo, o nativo dificilmente reconhece este mecanismo que se passa consigo mesmo. Deste modo, Plutão na Casa X dá pessoas muito ambiciosas que desejam atingir determinado poder social. Estas pessoas, de uma forma obcecada, compulsiva, irracional, instintiva, investem na carreira e na profissão para de alguma forma, se conetarem ao poder social, "status" e se sentirem seguras emocionalmente. Para as pessoas com Plutão na Casa X, a família tem pouca importância pois estes Plutões deixam de se focar na intimidade do lar para projetarem as suas forças no exterior, na opinião pública, no social, no coletivo. Deste modo, a família destes nativos não os vê muito pois eles estão obsessivamente ligados aos seus compromissos e responsabilidades sociais. Mas como para qualquer outro Plutão, os Plutões localizados na Casa X, terão um dia que morrer para a postura compulsiva que os carateriza. Essa morte permitirá a sua transformação, alquimização e renascimento. Esta morte poderá ser feita de forma gradual  (se o Plutão estiver harmonicamente ligado a outras forças) ou de forma cataclismica se o Plutão estiver dissonante no mapa. No processo de transformação tempestivo, a pessoa atrairá situações cataclísmicas (subir ao poder e perdê-lo, viver qualquer coisa escandalosa e caír em desgraça coletiva, etc.) para que possa morrer e transformar-se através da derrocada da sua autoimagem, do seu poder face ao coletivo. Aliás o Plutão situado na Casa X, resolve-se na Casa IV (casa da intimidade, da família, do passado). Os nativos com Plutão na Casa X, deverão deixar de se confrontar com o coletivo, deverão deixar de medir forças com a sociedade, deverão deixar de se projetar no social para se sentirem emocionalmente seguros. Deverão perceber que deverão ir à Casa X para dar e contribuir e não para se afirmarem. E a "VIDA" os ensinará, mais cedo ou mais tarde, de forma gradual (suave, harmónica) ou cataclísmica (tempestiva) que essa postura não é libertadora nem livre. 

Ruy Figueiredo

ASTROLOGIA. PLUTÃO NA CASA IX (PARTE XI)

HOJE IREMOS FALAR SOBRE AS CARATERÍSTICAS DOS NATIVOS COM PLUTÃO NA CASA IX

A Casa IX (casa do Sagitário) representa o mundo da abstração mental e como casa de fogo representa uma área de vida onde o nativo procura a sua identidade para além da Casa I (Carneiro) e da Casa V(Leão). É a casa do conhecimento, ou seja, representa a casa onde procuramos saber quem somos através do conhecimento. Quanto mais a pessoa conhecer a vida e o mundo, mais consegue saber quem é, mais consegue  se dimensionar. Quem possui planetas na Casa IX, para além de ter propensão para estudar e viajar, sente que tem de ampliar a sua consciência pela via do conhecimento. 

Enquanto a Casa III (casa oposta da Casa IX), casa de Mercúrio, ou seja da mente racional e lógica, representa o quotidiano, a realidade envolvente, o meio ambiente e reflete a necessidade de procurarmos e de armazenarmos dados e fatos que nos permitem conhecer como funciona o meio em que vivemos, a Casa IX, casa de Júpiter, por ser mais abstrata e mais intuitiva, consegue refletir e dar sentido à informação recolhida na Casa III. 

Pessoas com Plutão na Casa IX têm propensão para estudar muito, normalmente são muito convencidas no que respeita à sua sabedoria. Estes nativos pensam que sabem, que estão sempre certos e que não precisam mais refletirem sobre as coisas. Portanto, são compulsivamente fanáticos, dogmáticos e rígidos. Fazem isto para se defenderem, porque os seus egos sentem-se ameaçados. 

Como sabemos, a obsessão, compulsão, irracionalidade, instintividade do Plutão  deverá ser alquimizada, transformada, regenerada, para que o Plutão possa renascer e ser livre. Ora essa transformação para ocorrer precisa, no geral, de uma ou mais experiências dolorosas, que o próprio nativo irá atrair, para perceber que não sabe tudo e que existe sempre outras perspetivas de se olhar para um determinado fato. As pessoas que nasceram com Plutão na Casa IX terão de humilhar-se no sentido de perceberem que têm ainda muito a a aprender. Por exemplo, poderão atrair situações para as quais não têm respostas, com as quais não sabem lidar, sobretudo se forem dolorosas pois não existem respostas para a dor. E é exatamente através da vivência de uma grande dor que esse Plutão de Casa IX poderá fragilizar-se, sentir-se e aceitar dizer “SIM” à "VIDA" para que a segurança interior possa ser uma realidade, o medo desapareça e não  seja necessário defender-se através da projeção compulsiva do conhecimento sobre os outros.

Ruy Figueiredo

ASTROLOGIA. PLUTÃO NA CASA VIII (PARTE X)

HOJE IREMOS ANALISAR O PLUTÃO LOCALIZADO NA CASA VIII

Significado da Casa VIII

A Casa VIII é uma casa de memórias ligadas ao passado. É a casa do signo de Escorpião. É uma casa da água psíquica, abissal e profunda. Como se trata de uma casa cármica (tal como as casas IV e XII) nela ficam facilmente armazenadas as memórias dos medos e de inseguranças que trazemos de outras vidas. A casa VIII tradicionalmente é a casa das perdas, das mortes psíquicas e também da morte física. Plutão, como sabemos, tem que morrer para se regenerar. Se está no tema natal localizado na Casa VIII isso significa que já se encontra na casa da morte. Deste modo, Plutão na casa VIII é um Plutão altamente intenso, violento e negativo. Ora como sabemos onde Plutão está é onde é mais frágil e aparentemente  mais forte. É falsamente mais forte, porque precisa, através da manipulação e afirmação do poder, afugentar, exorcisar as suas fraquezas para se sentir emocionalmente seguro. Ora na Casa VIII o Plutão precisa resolver as memórias dos medos e inseguranças que transportou do passado. 

O desejo é intenso e é mais forte do que o próprio nativo

Para uma pessoa com Plutão na Casa VIII, o desejo está na sua máxima potência e portanto vai ser vivido com obsessão. Como esse desejo é muito forte, o nativo não consegue controlá-lo e não consegue resistir-lhe. Enquanto não o satisfazer, não descansa, não desiste. O desejo é mais forte do que a pessoa.

Morte, Regeneração e Transformação do Plutão

É através do confronto com os outros, que o Plutão na Casa VIII se irá resolver, no sentido de que é através dos outros que irá testar os limites do seu poder pessoal. Deste modo, o próprio nativo, no decurso da sua vida, irá atrair situações e/ou pessoas que irão ser o motor da morte desse Plutão e consequentemente da sua transformação e renascimento. Essas pessoas e/ou situações contribuirão fortemente para a derrocada do poder pessoal do Plutão e sobretudo para a compreensão, consciencialização por parte do nativo, das motivações e desejos que o levam a ter aqueles comportamentos obsessivos, compulsivos, irracionais e instintivos. 

O Plutão na Casa VIII, começa a ser transformado apenas quando começa a perder o desejo de querer controlar as situações. 

Ruy Figueiredo

ASTROLOGIA. PLUTÃO NA CASA VII (PARTE IX)

HOJE FALAREMOS DO PLUTÃO LOCALIZADO NA CASA VII

O Eixo Ascendente-Descendente constitui o eixo relacional. Enquanto na Casa I (aberta pelo Ascendente) a pessoa privilegia-se a ela própria, afirmando-se no mundo, quase sempre de forma egoísta, egocentrada, na Casa VII (aberta pelo Descendente) o nativo privilegia o outro. Plutão na Casa VII é tão problemático como Plutão na Casa I pois ambos dão origem a desequilíbrios e conflitos relacionais. 
O Plutão na Casa VII é o dependente e o Plutão na Casa I é o egoísta. O Plutão na Casa VII tem a necessidade obsessiva de se relacionar enquanto o Plutão na Casa I tem a necessidade compulsiva de se afirmar no mundo.
Nas pessoas com Plutão na Casa VII, a obsessão está no outro e deste modo, os nativos que no tema apresentam esta posição, no geral, projetam-se no outro porque julgam que o outro lhes irá dar a segurança emocional que necessitam.

Poderemos distinguir os seguintes dois padrões comportamentais possíveis para o Plutão de Casa VII:

Padrão A – o nativo irá dominar a relação, manipulando o outro de forma a que este sinta que precisa absolutamente do nativo. "Tu sem mim, não és nada".
Padrão B – o nativo deixa-se dominar pelo outro porque sabe que enquanto o outro permanecer na relação, o nativo continuará a sentir-se seguro emocionalmente. Deste modo, deixa-se dominar porque assim a relação afetiva mantém-se.

O Plutão na Casa VII dá pessoas que projetam toda a sua obsessão para cima da pessoa de quem dizem gostar e amar. Estas pessoas são obsessivas e encontram-se completamente centradas no outro. Um Plutão na Casa VII tem de se afirmar para cima do outro porque sozinho não existe, não se conhece, não sabe quem é e não se sente seguro emocionalmente. Por isso, projeta toda aquela força plutónica para cima do outro para se manter poderoso e seguro. 

O Plutão na Casa VII tem que aprender a ficar cada vez menos dependente do outro e deste modo, resolve-se, transforma-se, regenera-se, alquimiza-se na Casa I, onde, através de iniciativas diversas, consegue conhecer-se, estruturar a sua identidade, e consequentemente, a não ficar tão centrado no outro. A transformação do Plutão da Casa VII ocorre, quase sempre, através de situações de rotura emocional e de perda, onde esse Plutão morre para o seu poder e sobretudo percebe que amor e poder são incompatíveis. 

Ruy Figueiredo

ASTROLOGIA. PLUTÃO NA CASA VI (PARTE VIII)

Hoje iremos apresentar as características das pessoas que nasceram com Plutão na casa VI.

Os nativos com Plutão natal situado na Casa VI focalizam a sua obsessão no trabalho. São obsessivos a trabalhar, saem à meia-noite do trabalho e julgam-se indispensáveis (lembrar que a Casa VI é a casa do trabalho, serviço, produtividade e de realização. "Não sou eu que sou importante, mas sim o que faço"). É na Casa VI, portanto, onde o Plutão é mais fraco e onde tem que ser forte, manipulador e poderoso. As pessoas com Plutão na Casa VI acabam por ser escravos de si próprios, pois trabalham muito e desta forma, apesar de estarem a servir estão compulsiva, instintiva e irracionalmente a afirmarem-se. Os Plutões de Casa VI são trabalhadores compulsivos (“Workaholics”) e projetam no trabalho uma espécie de obsessão porque ao trabalharem afirmam-se e ao afirmarem-se, sentem-se seguros. Os nativos com Plutão na Casa VI têm que um dia aceitarem “Ser” em vez de “Ter” (realizar). Para os nativos com Plutão na Casa VI, a obsessão está na realização e o poder está na sua capacidade de realizarem, de produzirem. As pessoas com Plutão na Casa VI não não conseguem libertar-se do chamamento do trabalho. E o Plutão na Casa VI tem que resolver-se na Casa XII (casa da alma, casa do sentido da vida, da servidão e não do serviço). 

Quando o nativo com Plutão na Casa VI perceber que tem que servir, não para afirmar-se, mas como uma dádiva, então poderá regenerar-se, transformar-se, alquimizar-se.  A diferença entre "servidão" e "serviço" tem que ser percebida e posta em prática. 

Muitas vezes, quando num tema, existe grande resistência à transformação das energias instintivas do Plutão na Casa VI, a "Vida" faz o nativo atrair situações cataclísmicas  para que essa resistência seja anulada e a sua evolução possa seguir o seu caminho. E como a Casa VI também é a casa das somatizações, ou seja, das doenças, algumas vezes, os nativos com Plutão na Casa VI contraem (atraem) doenças que os impedem de trabalhar por algum tempo para que deste modo, possam perceber a natureza compulsiva com que encaram o serviço, o trabalho.

Ruy Figueiredo

ASTROLOGIA. PLUTÃO NA CASA V (Parte VII)

Hoje iremos falar do Plutão localizado na Casa V

A casa V é a casa do Sol, da identidade e do potencial criativo. Nesta casa o Plutão quer controlar, vencer e ser poderoso ("síndrome do Rei" - "Je suis Le Roi"). O objetivo da Casa V é descobrirmos quem somos através das nossas criações (uma das quais os próprios filhos) e Plutão nesta casa potencia esse objetivo, conferindo à  pessoa um lado egocentrado. A pessoa coloca-se no topo da pirâmide. São os diretores do teatro da sua vida e querem palmas, muitas palmas. Se o Plutão ainda não se encontrar muito trabalhado (ainda é um Plutão preto ou acinzentado) o nativo que o possui na Casa V, sente que a sua vida é uma espécie de passadeira vermelha através do qual está constantemente a passar. Isto é assim porque devido à insegurança do Plutão, estes nativos querem ser o centro das atenções, querem palmas, querem sentir que são apreciados (onde está Plutão no mapa é onde somos mais frágeis e onde aparentemente nos tornamos mais fortes). Essa obsessão em ter os outros focados em si próprio um dia terá que ser destruída, regenerada, transformada. Isso só acontecerá quando a pessoa perder o seu orgulho e arrogância. 
No fundo, a insegurança do Plutão na Casa V resulta em grande parte do fato do nativo ainda não se conhecer muito bem, isto é, não ter consciência real de quem é. Em consequência irá precisar constantemente do "feed-back" dos outros para se sentir apreciado, amado e reconhecido. Quando, um dia a pessoa se conhecer melhor, então já não precisará de tantas palmas. Os nativos com Plutão na Casa V, numa primeira fase (Plutão negro ou acinzentado) preocupam-se com o seu Ego e com o que desejam da vida. Numa fase posterior (Plutão branco), se evidentemente esta vier a ocorrer nesta encarnação, estes nativos submetem-se às leis universais e estão dispostos a seguir a "Lei" em detrimento de si próprios,ou seja, o importante não é o que querem para si, mas o que o Universo pretende que eles façam para os outros. E o Universo apenas pretende que um dia eles se voltem para o coletivo e o sirvam. Ora, como se constata, a resolução do Plutão de Casa V é feita na Casa XI (casa do Aquário). No fundo, o que a "VIDA" pretende é que o nativo leve o potencial criativo de Casa V que ele tem utilizado para servir o seu ego e que o use agora ao serviço dos outros, sem querer dominá-los, apenas reconhecendo que é igual aos outros e que todos somos UM.
Segundo Jeff Grren, as pessoas com Plutão na Casa V podem ser fortemente egocêntricas, egoístas e podem esperar que todas as coisas girem em torno delas. Esperam que os outros sirvam de instrumento das suas necessidades, que as portas se abram diante deles e que o tapete vermelho se desenrole quando eles surgirem no palco da vida. Segundo este mesmo autor, as caraterísticas mais comuns dos nativos com Plutão na Casa V, são as seguintes:
a)                Elevada força de vontade

b)                Nobre

c)                Criativo

d)                Necessita de atenção e reconhecimento

e)                Amoroso, bondoso

f)                 Capaz de distribuir atenção e amor às outras pessoas

g)                Magnético

h)                Narcisista

i)                 Complexo de rei ou rainha

j)                 Poderoso e intenso em seu nível mais profundo

k)                Pode ser bastante exigente de um modo aberto ou velado

l)                  Desconfiado porém necessitando de lisonjas

m)                Extremamente protetor daqueles que lhes estão próximos


Ruy Figueiredo

ASTROLOGIA. PLUTÃO NA CASA IV (Parte VI)

Continuando com o Plutão, iremos hoje apresentar as caraterísticas das pessoas que nasceram com Plutão na Casa IV

Os Plutões em casa de água são os mais difíceis de serem denunciados e constituem autênticas "bombas interiores" que desconhecemos que transportamos. Como sabemos, Plutão é o planeta do "tudo ou nada" e da segurança emocional. Neste caso, a
 segurança do Plutão reside na casa ou na família.  É na casa, no lar, na intimidade onde as pessoas com Plutão na Casa IV são mais obsessivas e poderosas. Estes Plutões só são resolvidos através de cataclismas que eles próprios vão atrair ao nível familiar. 

Plutão na Casa IV dá pessoas que vêm aprender a lição evolutiva da segurança, ou seja, a lição de desenvolverem em si próprios a segurança que de forma compulsiva e obsessiva vão buscar às coisas e aos outros. Segundo Jeff Green, a maioria  dos nativos com Plutão na casa IV escolheu nascer em situações familiares nas quais um dos pais ou ambos irão ser os responsáveis por atritos emocionais diversos que irão obrigar o nativo a se focar nele próprio e a tentar gradualmente ser cada vez mais seguro.

Todas as pessoas com Plutão na Casa IV são extremamente sensíveis e suscetíveis. O indivíduo com Plutão na Casa IV irá controlar e dominar o ponto mais fraco da constituição emocional da outra pessoa e focar-se-á permanentemente nesse ponto. Ele precisa compulsivamente de diminuir e arrasar a outra pessoa com vista a fazer com que ela sinta que ele é indispensável na sua vida. Por estar numa posição de domínio e controle, ele mantém seus relacionamentos e satisfaz a questão da segurança. 

Caraterísticas comuns de Plutão na Casa IV (Jeff Green):

i) São emocionalmente ardentes e exigentes;
ii) Têm ciclos de depressão e otimismo;

iii) Podem ser emocionalmente manipuladores e inseguros;
iv) São potencialmente cruéis, maus ou vingativos, se profundamente magoados;

v) Podem ser também empáticos, bondosos, carinhosos nos ciclos positivos, intensamente leais aos que lhe estão próximos;

vi) Sentem necessidade de controlar o seu ambiente ou espaço pessoal.

Ruy Figueiredo

ASTROLOGIA. PLUTÃO NA CASA III (Parte V)

Continuando com o Plutão, iremos hoje apresentar as caraterísticas das pessoas que nasceram com Plutão na Casa III

Mercúrio representa a mente inferior, a mente que vai buscar informação, que vai recolher dados para que entendamos o mundo dos fenómenos do meio ambiente e a realidade em que vivemos. Essa informação recolhida permite organizar essa mesma realidade. 

Plutão na Casa III tem a ver, portanto, com o poder da mente, com o poder da informação, com o poder da comunicação. Esta localização de Plutão dá pessoas que vão utilizar a mente de forma obsessiva, dá pessoas que vão ser mentalmente poderosas. Estas pessoas vão ter uma necessidade compulsiva de recolher informação e vão funcionar como uma espécie de banco de dados. Há uma enorme insatisfação e curiosidade que leva a pessoa a querer possuir mais e mais dados, mais e mais informação, do que quer que seja e duma forma não discriminada. Dá pessoas que sabem um pouco de tudo, que não param de pensar e que têm pensamentos compulsivos, irracionais. A segurança emocional das pessoas com Plutão na Casa III reside na quantidade de informação que têm, sendo que estas pessoas identificam-se muito com aquilo que sabem, a ponto de terem a mania que têm sempre razão e que sabem tudo. Estas pessoas vão querer afirmar-se através das ideias.  Com este Plutão, o poder está ligado às palavras, à comunicação e à informação. A mente destas pessoas é passional, potente e tem uma enorme capacidade para convencer. As pessoas com Plutão na Casa III sentem-se poderosas quando conseguem convencer os outros, quando conseguem derrubar as ideias dos outros. Com Plutão na Casa III, não há troca de informação mas sim uma batalha para ver quem ganha a discussão. Deste modo, o comportamento compulsivo de ter sempre razão, no geral, dá origem a confrontos com os outros, muitas vezes, violentos e desagradáveis. 

A morte, a regeneração, a transformação, a transmutação, a alquimização, a resolução deste Plutão é feita na Casa IX. O Plutão da Casa III fica resolvido quando a pessoa perceber que para além da análise exaustiva, das deduções lógicas e das leis físicas, existem outras "LEIS" que se lhes sobrepõem, que são intuitivas e que dão sentido a toda essa recolha de informação e de busca intelectual. Quando este Plutão morre, a pessoa percebe que a mente não controla a vida e que tudo aquilo que sabe, não lhe vale de nada. Deixam de conseguir controlar a vida e os outros. 

Segundo Jeff Green, as pessoas que nasceram com Plutão na Casa III possuem, no geral, as seguintes caraterísticas:

i)              mente profundamente perspicaz;

ii)           inteligência;

iii)         curiosidade, desde que eles consigam controlar a direção da curiosidade;

iv)         habilidade de reconhecer o ponto mais fraco de um argumento;

v)            habilidade de revelar os fatos;

vi)    parecem ser muito lógicos, no entanto, colocam-se intelectual e emocionalmente na defensiva, quando as ideias das outras pessoas ameaçam a sua própria ordem intelectual;

vii)   aqueles que estão envolvidos com a cura demonstram ser extremamente hábeis na massagem terapêutica porque o sistema neuro elétrico de suas mãos é fortemente magnético e carregado de energia. Esses indivíduos podem vibrar em uníssono com o campo elétrico de uma outra pessoa de tal maneira a ponto de desencadear seus próprios impulsos neurológicos que lhes "dizem" o que o cliente precisa.

Ruy Figueiredo

ASTROLOGIA. PLUTÃO NA CASA II (Parte IV)

Continuando com o Plutão, iremos hoje apresentar as caraterísticas das pessoas que nasceram com Plutão na Casa II

1. O que representa a Casa II

A Casa II é a área de experienciação humana onde se procura obter segurança física material para nos sentirmos emocionalmente seguros. A Casa II é casa dos nossos valores, dotes e recursos. Teremos auto estima se nos sentirmos auto-suficientes, e nos sentiremos auto suficientes se investirmos no nosso valor, dotes e recursos. 

No fundo, a grande questão da Casa II é: "Que valor temos?", ou seja, com que dotes, capacidades, recursos naturais, nascemos e de que forma poderemos investir neles, desenvolvê-los e praticá-los de modo a ser-nos devolvido o sentimento de auto-suficiência. Temos de nos bastar e nos bastamos a partir das coisas que temos e obtemos. 

A Casa II foca-se fundamentalmente na questão da sobrevivência.

Para as pessoas que se encontram num nível mais básico de evolução, a segurança emocional radica na segurança física e material (visão do signo de Touro) ou seja, as pessoas agarram-se, no mundo físico, às coisas, bens e posses, que querem ter, possuir e com as quais sentem-se seguras. Essas pessoas encontram a segurança emocional fora delas, em coisas, bens e posses que por esse motivo querem ter e possuir. A esse nível mais básico, ainda não encontram a segurança emocional dentro delas próprias, porque é ainda uma capacidade que não possuem. 

As pessoas que se encontram num nível médio de evolução,  irão viver a Casa II, já não através da identificação com as coisas que possuem, mas através da identificação com os seus valores, recursos e ferramentas. O valor já não está nas coisas, mas no recurso, nos dotes que se possui. 

As pessoas que se encontram num nível evolutivo superior, sabem que a VIDA  fornece-lhes tudo aquilo que precisam para sobreviver e viver bem. Estas pessoas encontram a segurança emocional dentro de delas e não fora delas, Não têm medo de não terem que chegue ou de perderem o que têm, que é um problema do Plutão de Casa II.

PLUTÃO NA CASA II

As pessoas que nasceram com o Plutão na Casa II vão viver de forma instintiva, obsessiva, irracional e compulsiva toda a problemática referida da Casa II. Poderemos encontrar dois tipos de Plutões de Casa II: os muito trabalhadores e os pouco trabalhadores.

Os muito trabalhadores trabalham obsessivamente para obterem cada vez mais segurança material. De fato têm um enorme medo de que a qualquer momento possa suceder qualquer coisa que lhes tire aquilo que identificam como valor (dinheiro, bens ou objetos). Estas pessoas vão querer, de forma obsessiva, ter cada vez mais, com medo que isso lhes seja tirado. Têm que aprender que a segurança emocional não vem de coisas exteriores. 

Os pouco trabalhadores, muito pouco ou nada trabalharam na vida, e isto, porque vão atrair condições de vida que as vão levar a depender de circunstâncias ou pessoas que, de alguma forma, lhes vão tirar o medo de não haver que chegue. Estabelece-se uma relação de dependência emocional e o outro é a pessoa que toma conta no plano económico-financeiro. O outro é que lhes dá as condições para a sua segurança emocional no plano terreno. Como estão dependentes do outro, não se valorizam nem sabem o que valem. Têm que aprender o seu valor, o que valem.

Como vimos o Plutão é o planeta da transformação, da regeneração. Qualquer Plutão tem que ser resolvido sob pena de termos de continuadamente ser compulsivos e instintivos nos assuntos da vida relacionados com a casa em que se encontra. Plutão para se resolver vai atrair situações cataclísmicas, onde o tapete nos é retirado por baixo dos pés. Os dois tipos de Plutão de Casa II terão de vivenciar ou experienciar situações onde será desmascarado aquilo que acreditam lhes oferece segurança emocional. Ou podem perder tudo o que conquistaram ou a fonte do seu sustento pode morrer. E então, a transformação se opera.

Ruy Figueiredo