terça-feira, 27 de outubro de 2015

ASTROLOGIA. PLUTÃO NA CASA VIII (PARTE X)

HOJE IREMOS ANALISAR O PLUTÃO LOCALIZADO NA CASA VIII

Significado da Casa VIII
A Casa VIII é uma casa de memórias ligadas ao passado. É a casa do signo de Escorpião. É uma casa da água psíquica, abissal e profunda. Como se trata de uma casa cármica (tal como as casas IV e XII) nela ficam facilmente armazenadas as memórias dos medos e de inseguranças que trazemos de outras vidas. A casa VIII tradicionalmente é a casa das perdas, das mortes psíquicas e também da morte física. Plutão, como sabemos, tem que morrer para se regenerar. Se está no tema natal localizado na Casa VIII isso significa que já se encontra na casa da morte. Deste modo, Plutão na casa VIII é um Plutão altamente intenso, violento e negativo. Ora como sabemos onde Plutão está é onde é mais frágil e aparentemente  mais forte. É falsamente mais forte, porque precisa, através da manipulação e afirmação do poder, afugentar, exorcisar as suas fraquezas para se sentir emocionalmente seguro. Ora na Casa VIII o Plutão precisa resolver as memórias dos medos e inseguranças que transportou do passado. 

O desejo é intenso e é mais forte do que o próprio nativo
Para uma pessoa com Plutão na Casa VIII, o desejo está na sua máxima potência e portanto vai ser vivido com obsessão. Como esse desejo é muito forte, o nativo não consegue controlá-lo e não consegue resistir-lhe. Enquanto não o satisfazer, não descansa, não desiste. O desejo é mais forte do que a pessoa.

Morte, Regeneração e Transformação do Plutão
É através do confronto com os outros, que o Plutão na Casa VIII se irá resolver, no sentido de que é através dos outros que irá testar os limites do seu poder pessoal. Deste modo, o próprio nativo, no decurso da sua vida, irá atrair situações e/ou pessoas que irão ser o motor da morte desse Plutão e consequentemente da sua transformação e renascimento. Essas pessoas e/ou situações contribuirão fortemente para a derrocada do poder pessoal do Plutão e sobretudo para a compreensão, consciencialização por parte do nativo, das motivações e desejos que o levam a ter aqueles comportamentos obsessivos, compulsivos, irracionais e instintivos. 
O Plutão na Casa VIII, começa a ser transformado apenas quando começa a perder o desejo de querer controlar as situações. 

Ruy Figueiredo

domingo, 25 de outubro de 2015

ASTROLOGIA. PLUTÃO NA CASA VII (PARTE IX)


HOJE FALAREMOS DO PLUTÃO LOCALIZADO NA CASA VII

O Eixo Ascendente-Descendente constitui o eixo relacional. Enquanto na Casa I (aberta pelo Ascendente) a pessoa privilegia-se a ela própria, afirmando-se no mundo, quase sempre de forma egoísta, egocentrada, na Casa VII (aberta pelo Descendente) o nativo privilegia o outro. Plutão na Casa VII é tão problemático como Plutão na Casa I pois ambos dão origem a desequilíbrios e conflitos relacionais. 
O Plutão na Casa VII é o dependente e o Plutão na Casa I é o egoísta. O Plutão na Casa VII tem a necessidade obsessiva de se relacionar enquanto o Plutão na Casa I tem a necessidade compulsiva de se afirmar no mundo.
Nas pessoas com Plutão na Casa VII, a obsessão está no outro e deste modo, os nativos que no tema apresentam esta posição, no geral, projetam-se no outro porque julgam que o outro lhes irá dar a segurança emocional que necessitam.
Poderemos distinguir os seguintes dois padrões comportamentais possíveis para o Plutão de Casa VII:
Padrão A – o nativo irá dominar a relação, manipulando o outro de forma a que este sinta que precisa absolutamente do nativo. "Tu sem mim, não és nada".
Padrão B – o nativo deixa-se dominar pelo outro porque sabe que enquanto o outro permanecer na relação, o nativo continuará a sentir-se seguro emocionalmente. Deste modo, deixa-se dominar porque assim a relação afetiva mantém-se.

O Plutão na Casa VII dá pessoas que projetam toda a sua obsessão para cima da pessoa de quem dizem gostar e amar. Estas pessoas são obsessivas e encontram-se completamente centradas no outro. Um Plutão na Casa VII tem de se afirmar para cima do outro porque sozinho não existe, não se conhece, não sabe quem é e não se sente seguro emocionalmente. Por isso, projeta toda aquela força plutónica para cima do outro para se manter poderoso e seguro. 

O Plutão na Casa VII tem que aprender a ficar cada vez menos dependente do outro e deste modo, resolve-se, transforma-se, regenera-se, alquimiza-se na Casa I, onde, através de iniciativas diversas, consegue conhecer-se, estruturar a sua identidade, e consequentemente, a não ficar tão centrado no outro. A transformação do Plutão da Casa VII ocorre, quase sempre, através de situações de rotura emocional e de perda, onde esse Plutão morre para o seu poder e sobretudo percebe que amor e poder são incompatíveis. 

Ruy Figueiredo




sábado, 17 de outubro de 2015

ASTROLOGIA. PLUTÃO NA CASA VI (PARTE VIII)


Hoje iremos apresentar as características das pessoas que nasceram com Plutão na casa VI.


Os nativos com Plutão natal situado na Casa VI focalizam a sua obsessão no trabalho. São obsessivos a trabalhar, saem à meia-noite do trabalho e julgam-se indispensáveis (lembrar que a Casa VI é a casa do trabalho, serviço, produtividade e de realização. "Não sou eu que sou importante, mas sim o que faço"). É na Casa VI, portanto, onde o Plutão é mais fraco e onde tem que ser forte, manipulador e poderoso. As pessoas com Plutão na Casa VI acabam por ser escravos de si próprios, pois trabalham muito e desta forma, apesar de estarem a servir estão compulsiva, instintiva e irracionalmente a afirmarem-se. Os Plutões de Casa VI são trabalhadores compulsivos (“Workaholics”) e projetam no trabalho uma espécie de obsessão porque ao trabalharem afirmam-se e ao afirmarem-se, sentem-se seguros. Os nativos com Plutão na Casa VI têm que um dia aceitarem “Ser” em vez de “Ter” (realizar). Para os nativos com Plutão na Casa VI, a obsessão está na realização e o poder está na sua capacidade de realizarem, de produzirem. As pessoas com Plutão na Casa VI não não conseguem libertar-se do chamamento do trabalho. E o Plutão na Casa VI tem que resolver-se na Casa XII (casa da alma, casa do sentido da vida, da servidão e não do serviço). 
Quando o nativo com Plutão na Casa VI perceber que tem que servir, não para afirmar-se, mas como uma dádiva, então poderá regenerar-se, transformar-se, alquimizar-se.  A diferença entre "servidão" e "serviço" tem que ser percebida e posta em prática. 
Muitas vezes, quando num tema, existe grande resistência à transformação das energias instintivas do Plutão na Casa VI, a "Vida" faz o nativo atrair situações cataclísmicas  para que essa resistência seja anulada e a sua evolução possa seguir o seu caminho. E como a Casa VI também é a casa das somatizações, ou seja, das doenças, algumas vezes, os nativos com Plutão na Casa VI contraem (atraem) doenças que os impedem de trabalhar por algum tempo para que deste modo, possam perceber a natureza compulsiva com que encaram o serviço, o trabalho.

Ruy Figueiredo