domingo, 29 de março de 2015

TAROT. ARCANOS MENORES - OS DUQUES

HOJE IREMOS FALAR DOS DUQUES (ARCANOS MENORES)


            


A. OS DUQUES
a)   O número “2” corresponde à almaÉ yin, sensitivo, recetivo. Medita, interioriza. Simboliza a dualidade, a atitude reflexiva. O número "2" é também diplomático, conciliador, tem tato e capacidade de ver os dois lados da questão;
b)  Os duques têm a tónica do número "2" (Papisa, Justiça, Julgamento);
c)  Os duques representam situações duais (princípios opostos e complementares que ora se 
atraem, ora se repelem) que têm que ser equilibradas ou integradas.

DUQUE DE PAUS 
a)  A potência do Ás de Paus (energia pura) está aqui nas mãos de alguém, pronta para ser posta 
em uso;
b)  O que estava como oportunidade ou potencial com o Ás de Paus, começa com o Duque de 
Paus a projetar-se para desenvolvimento. A energia (fogo) que estava direcionada no Ás (apenas 
com uma direção) polariza-se no Duque, surgindo a dualidade (instinto – liberdade versus razão 
– autocontrolo). Esta divisão tem que ser resolvida. Deve-se seguir o instinto ou a razão. É da 
reflexão que nasce a decisão;
c) O personagem (homem rico), do terraço da sua propriedade, tem na mão direita um globo 
(mundo que quer conquistar) e um pau na mão esquerda (o que pretende) e olha para a água, para 
o horizonte (direção da aventura). Ou seja, parece que está decidindo se deve contentar-se com 
o que já conquistou (pau fixo por detrás das suas costas), ou se deve partir em busca de mais 
conquistas (como é natural do naipe de Paus). A dicotomia do "2" se manifesta aqui como as 
duas opções. A tónica do número "2" (Papisa, Justiça ou Julgamento) no Duque de Paus está 
refletida nesta dicotomia;
d) Esta carta significa autoridade, capacidade de realização e poder. O consulente controla e é 
capaz de decidir os rumos de uma questão. O Dois de Paus é poderoso, ativo e capaz;
e)  O lado sombra desta carta é o autoritarismo, ou seja, o consulente pode estar a querer 
mandar de mais ou talvez esteja a forçar uma situação.

DUQUE DE ESPADAS
a)          No Ás de Espadas a mente (pura) está calma, com discernimento e apaziguada. No Duque a mente foi posta em movimento, criou pensamentos e ideias opostas e assim surgiu a dualidade mental e consequentemente a inquietação da mente;
b)            A personagem está de olhos vendados, sentada de costas, numa postura algo rígida, para o mar calmo e para o quarto crescente lunar (ambos representando o equilíbrio, pacificação ou serenidade no plano das emoções). Tem duas espadas elevadas (está pronta a atacar). De fato, há uma dualidade que tem que ser enfrentada (impasse). Ela está dividida entre ouvir a voz das emoções ou da razão (espadas) e tomar partido por uma das duas;
c)            O Duque de Espadas anuncia algum tipo de problema;
d)   O Duque de Espadas pode também indicar uma personalidade compulsivamente conciliadora (talvez devido à sua insegurança interna);
e)            Esta carta pode indicar que a pessoa está a bloquear as suas emoções e a rejeitar o mundo por ter sido vítima de uma desgraça. Em geral esta carta diz que não estamos dispostos a aceitar uma verdade sobre nós próprios ou sobre uma dada situação;
f)             O lado sombra desta carta pode indicar uma doença psíquica, um bloqueio emocional, uma atitude defensiva ou um coração fechado que não se consegue abrir; 
g)         Esta carta significa: "Que opção tomar?". Pode-se observar, claramente nesta carta, a tónica do número "2".


DUQUE DE OUROSA
a)     Nesta carta vemos um mercador que faz malabarismos com 2 pentáculos, fazendo-os percorrer o símbolo do infinito (ele pode lidar com qualquer problema que aparecer). Eles ora baixam ora sobem, exatamente como as ondas do mar por detrás e exatamente como as suas duas pernas;
b)            Esta carta representa a dualidade na vida material, ou seja, os seus altos e baixos. Exemplo (pessoa que joga na bolsa e que umas vezes ganha e outras, perde);
c)            Esta carta indica também que a pessoa pode lidar e fazer malabarismos com todos os seus problemas;
d)            Esta carta indica que a pessoa deve ser flexível e compreender a necessidade de mudança, dado que a mudança é a base da estabilidade. Aquilo que muda e que sabe adaptar-se aos novos tempos, permanece enquanto aquilo que rigidamente tenta manter-se estático, cristasliza e parte-se. A pessoa deve ter a abertura suficiente para aceitar a mudança necessária, ou seja, a pessoa deve permanecer numa situação de flexibilidade e aceitação para conseguir resolver rapidamente os problemas que lhe irão aparecer;
e)            O homem no entanto, parece que está a divertir-se, tendo um pé apoiado no chão e o outro no ar. Tal significa que tem capacidade para lidar com os altos e baixos da vida material. Esta carta pode representar também alguma instabilidade material.
             

DUQUE DE COPAS
a)        A emoção pura do Ás é polarizada no Duque, onde a dualidade a integrar e a resolver é masculino versus feminino. Procura-se a concórdia e a harmonização afetiva;
b)     Esta carta representa a união afetiva (pergunta desta natureza), harmonia e concórdia (pergunta de outra natureza). No entanto se estiver afligida por um arcano maléfico (Lua, Torre, Diabo, etc.) poderá significar problemas nas uniões afetivas ou de outra natureza;
c)        É uma carta com um simbolismo muito relacionado com a auto-estima, atração sexual, uniões amorosas e sensações carnais. É uma carta muito parecida com a carta "Os Enamorados" muito embora não tenha um impacto tão profundo;
d)      Na parte superior da carta visualiza-se o despertar da energia de Kundalini e consequente iluminação e liberdade (asas). As duas serpentes representam as duas glândulas, pineal e pituitária. Quando integramos as nossas polaridade, masculina e feminina, através do AMOR, conseguimos transcender a separatividade ou o amor no manifestado e atingimos o AMOR ou estado UNO.

Ruy Figueiredo