sábado, 27 de junho de 2015

ASTROLOGIA. PLUTÃO - BREVE INTRODUÇÃO (Parte I)

A partir de hoje iremos iniciar postagens sobre astrologia e iniciaremos com uma série de artigos sobre Plutão. 

PLutão - Parte I

1.   INTRODUÇÃO AO PLUTÃO
1.1 Glifo de Plutão - Á
O glifo de Plutão tem 3 elementos:
a) a cruz que reflete as forças da Terra (instintivas e animais);
b) O círculo que representa as forças do céu que nos iluminam e que nos devolvem à unidade;
c) O semicírculo (o crescendo lunar) que representa a força da Lua (alma) e que equilibra as duas 
forças anteriores. (4º chacra – amor).


1.2  Plutão e as suas duas faces
Plutão tem duas faces:
A face negra corresponde a uma primeira fase da manifestação da sua energia que ocorre de forma 
emocional, instintiva, irracional, obsessiva, primária, egocêntrica, separatista e violenta. Traduz o instinto de 
sobrevivência, o poder de autodefesa e a carga de autoafirmação. Plutão é como se representasse 1000 
volts de energia pois é a carga máxima. A face negra do Plutão corresponde ao “Velho Ego” que todos 
nós transportamos e que temos de matar em nós, algum dia.  

A face branca corresponde a uma segunda fase da manifestação da sua energia - é o Plutão regenerado, 
transformado. É o Plutão Branco.

Em cada ser humano, a  passagem de Plutão Negro para Plutão Branco faz-se ao longo do tempo através 
de ganhos de consciência. Corresponde, portanto, a uma profunda transformação. Plutão é o Planeta da
 Transformação.

Plutão é uma energia alquímica. Segundo Flávia de Monsaraz, PLutão representa o nosso caldeirão, 
 ou seja, representa a panela de pressão tapada com a tampa e com a energia toda lá dentro a 
querer saltar. 
Onde somos obsessivos é onde somos Plutónicos.

A transformação, corresponde à desativação gradual da energia Plutónica que em nós habita.  Ao 
retirarmos gradualmente gás e violência ao nosso Plutão, vamos tendo ganhos de consciência e 
nos transformamos. 

No nosso mapa, onde está Plutão é a área onde não sabemos lidar com a nossa fraqueza, onde não 
fluímos com a “VIDA”, onde retemos as emoções, onde somos egocêntricos. Como não libertamos 
essa energia, vamos implodindo até que um dia essa carga emocional atinge o seu limite e então, 
explodimos ou algo nos faz explodir. E essa explosão é sempre violenta. Se concentramos energia, 
concentramos violência e deste modo, atraímos violência, atraímos cataclismos, apesar de não 
queremos que isso aconteça. 
Essa é a experiência de morte ligada a Plutão. 

A área onde está plutão é onde somos mais obsessivos, irracionais, instintivos, equivocadamente 
poderosos e onde projetamos a carga emocional máxima para nos afirmarmos. A área onde está plutão é 
onde não temos liberdade porque Plutão opõe-se à liberdade e liberdade é “fazermos surf com a 
vida” (Flávia de Monsaraz), é saltar para a prancha e deixarmos que a vida nos leve e aí sim vivemos a 
grande aventura de estarmos vivos. Plutão nunca salta para prancha nenhuma pois está preso ao mais fundo 
de si onde ele julga que tem a sua força e sua segurança, ou melhor a ilusão de segurança. 
O processo alquímico consiste em morrer para o fogo do Ego que é o instinto da sobrevivência e nascer 
para o fogo do amor, da fé e do espírito. Enquanto não trabalharmos os medos, as inseguranças, o ego, 
nossa violência, não nos libertaremos do Plutão que habita em nós.  


1.3  Plutão bem e mal aspetado
Quando o ângulo entre dois planetas é de determinado valor, diz-se que os planetas em questão estão “aspetados”, "estão em contato”, “contatam-se”, "estão ligados", "ligam-se" ou "se afligem”. Ora Plutão no nosso mapa pode estar bem ou mal aspetado a um outro planeta ou singularidade e existe diferença entre a forma como o processo evolutivo se irá processar.

1.3.1 Aspetos harmónicos
Se no nosso mapa, Plutão está bem ligado ou aspetado a um dado planeta, o processo evolutivo a que esse planeta "está condenado” vai ser feito duma forma suave, gradual, em crescendo e contínua. Mesmo num aspeto positivo, o planeta tocado por Plutão está sob a tónica da transformação que nos obriga a viver a função psíquica do planeta. Quando Plutão toca um planeta  vai obrigar-nos a lidar com as cargas instintivas, não conscientes que ainda existem na função psíquica desse planeta. Com um bom aspeto, nascemos com a capacidade de dizer “SIM” a um processo que nunca é fácil, porque com Plutão envolvido, é sempre intenso, passional, e de alguma forma violento, mas é como se eu soubesse denunciá-lo, aceitar a proposta e navegar com ela. Pouco a pouco, através das coisas da vida que nos vão acontecendo, vamos trabalhando o planeta ligado harmonicamente a Plutão. 

1.3.2 Aspetos desarmónicos
O processo evolutivo a que o planeta mal ligado a Plutão está “condenado” vai ser feito duma forma não pacífica. A pessoa nasceu com a força presa, em tensão e vai dar resistência. Mas essa resistência não vai impedir o processo evolutivo, que se fará por cima, por choque emocional ou por cataclismo. De fato, a função a que o Plutão está ligado vai ser vivida de forma instintiva. Eu vou querer segurar, conter, controlar, manter aquela função, vou-me defender, mas a força não é natural, não flui e fecha, pois o medo fecha e prende.


Ruy Figueiredo